A colisão entre um utilitário
esportivo (SUV) de luxo da Toyota e um caminhão de combustível, que resultou na
morte de oito pessoas na BR 232, na madrugada de ontem, dia 2, em Tacaimbó,
pode ter sido causada por uma ultrapassagem indevida.
Segundo a Polícia Rodoviária
Federal (PRF), o jipe trafegava no sentido capital-interior, com capacidade
acima da permitida (havia oito passageiros e não sete, o limite autorizado)
quando, supostamente, invadiu a faixa contrária e colidiu de frente com o
caminhão. Daí uma das hipóteses da PRF ser a ultrapassagem. Marcas de frenagem
na pista sugerem que o veículo também estaria em alta velocidade. Somente a
investigação vai apontar a causa do acidente.
Um Policial Rodoviário levantou
a possibilidade de o motorista do jipe (Jeferson dos Santos Valois, 36 anos),
ter cochilado no volante, pois ele invadiu a faixa contrária", afirmou o
delegado José Luzia, que estava de plantão ontem na Delegacia de Belo Jardim,
para onde o caso foi inicialmente. "Foi um acidente impressionante. Os
corpos ficaram em estado deplorável. Uma das mulheres teve o rosto partido ao
meio", comentou José. Em quase dez anos como delegado, ele disse que foi
uma das cenas mais chocantes que viu.
VÍTIMAS
- Jeferson morava em Serra Talhada, no Sertão, e
havia ido ao Recife buscar sua mãe, Magnólia Maria dos Santos Valois, 51, e sua
tia, Margarete Maria dos Santos, 52, para passarem o fim de semana em São José
do Belmonte, onde reside uma irmã dele e cidade natal delas. Além dos três,
morreram Tiago Monteiro Ferreira, 19, Adriana Íris Carvalho, 19, Juliana
Ferreira de Lima, 18, Maria José Ferreira, 43, e Joseilda do Nascimento
Ferreira, 24. As cinco mulheres residiam em Água Fria, Zona Norte do Recife.
Uma delas será enterrada na capital. O acidente ocorreu por volta das 3h30. O
motorista do caminhão, de 40 anos, teve cortes na perna e na cabeça, mas sem
gravidade. Ele havia deixado à carga de combustível em Juazeiro-CE. (Com informações e imagens do Jornal do
Commercio)