domingo, 17 de abril de 2016

DOMINGO HISTÓRICO: Processo de Impeachment de Dilma será votado a partir das 14h


Às 14h deste dia 17 de abril de 2016, o Brasil tem um encontro com a própria história. Começa, no plenário da Câmara dos Deputados, a votação pela admissibilidade ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A previsão é que o resultado saia até às 20h.

Para aprovação da admissibilidade, são necessários pelo menos 342 votos. Caso o número seja alcançado, o processo é enviado para o Senado, onde voltará a ser analisado. Os senadores podem arquivar ou julgar o caso.

O processo de impedimento de Dilma chegou ao plenário da Câmara após passar por discussão numa comissão especial da Casa. Lá, o relator Jovair Arantes (PDT) recomendou o encaminhamento para o Plenário. Foi seguido por 38 integrantes da comissão, contra 27 que queriam o arquivamento.

Nem a oposição nem o governo tem segurança na vitória neste domingo. Mas é certo que a onda pró-impeachment foi ganhando força durante a semana. Um pouco antes, o PMDB, Ex-Principal Aliado Do PT, Desembarcou Do Governo. Foi seguido por PSD, PTB e PP, outros partidos importantes da até então base aliada. Mas a situação não ficou parada nos momentos finais.

Dilma conta com o ex-presidente Lula como seu principal articulador para evitar que a oposição alcance os 342 votos necessários. Mas, ainda impedido pelo STF de assumir a Casa Civil e investigado pela Lava Jato, Lula não tem sido tão efetivo assim nas negociações. Em entrevista a jornalistas na última quarta, a presidente voltou a afirmar que vai lutar "até o último minuto" para se manter no Governo e que vai propor uma repactuação se resistir. Mas declarou que, se perder até no Senado, seria carta "fora do baralho".

Por outro lado, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), principal beneficiado em uma eventual queda de Dilma, já negocia as bases de um novo Governo. Gravou, inclusive, um discurso para o caso de admissibilidade do processo, que foi vazado na imprensa durante a semana. O Governo tentou de última hora ainda barrar a votação na última sexta-feira, com ações no Supremo Tribunal Federal. Mas o STF decidiu que o andamento não fere a Constituição. (Com informações, gráfico e vídeo do JC online)

Clique em player e conheça o passo a passo do possível impedimento de Dilma: