Começa a crescer em partidos como PSB, PSD, PR, Rede, PTdoB e PHS o
movimento "nem Dilma, nem Cunha". Articulado por parlamentares que se
dizem desconfortáveis em votar a favor do impeachment da presidente Dilma
Rousseff num processo chancelado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), os deputados começaram a ser articular para se abster na votação de
domingo. A abstenção, na verdade, acaba se tornando um voto pró-governo.
As discussões começaram entre deputados do PSB e PSD que, num primeiro
momento, votariam favorável ao afastamento. Mesmo com a orientação partidária
para votar pelo impedimento, estima-se que 9 deputados do PSB possam declarar
abstenção. A liderança do Partido acredita que apenas três deputados se
posicionariam contra a orientação da cúpula da sigla. Na noite dessa sexta-feira,
dia 15, a liderança do PSB colocou os deputados favoráveis ao impeachment para
fazer discursos no plenário.
No PSD, os comentários nos corredores da Câmara é que entre 8 ou 9
parlamentares poderiam aderir ao movimento. No PR, apesar de não haver uma
posição fechada contra o governo, calcula-se quatro deputados podendo declarar
abstenção.
O Movimento engloba deputados contrários ao presidente da Casa e que
entendem que Cunha agiu por vingança ao abrir o processo de impeachment. Os
parlamentares rechaçam a condução dos trabalhos pelo peemedebista. "Não dá
para dar passo errado. Não dá para entregar o País na mão desse povo
(PMDB)", resumiu um articulador do grupo.
As conversas já começaram a reverter o placar do impeachment e a
oposição se mobilizou para demonstrar força. O presidente nacional do PMDB,
senador Romero Jucá (RR), foi acionado para pressionar os indecisos do Partido a
declararem voto sim. Na última noite, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA),
procurou os jornalistas para anunciar que não estava mais indeciso e que, em
enquete com os eleitores do Maranhão, decidiu votar pelo afastamento da
petista.
O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse que as enquetes realizadas pelos jornais não refletem os números favoráveis ao impeachment que a oposição tem no momento. Ele revelou que alguns indecisos que, nos bastidores confirmavam que votariam com a oposição, foram estimulados a abrir agora seu voto. "Os indecisos vão ter de declarar (em favor do impeachment)", afirmou. (Com informações do Estadão Conteúdo)
O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse que as enquetes realizadas pelos jornais não refletem os números favoráveis ao impeachment que a oposição tem no momento. Ele revelou que alguns indecisos que, nos bastidores confirmavam que votariam com a oposição, foram estimulados a abrir agora seu voto. "Os indecisos vão ter de declarar (em favor do impeachment)", afirmou. (Com informações do Estadão Conteúdo)