sexta-feira, 2 de junho de 2017

GARANHUNS: Câmara aprova Projeto de Lei e Professores prometem entrar em Greve


Com 11 votos favoráveis e apenas 2 contrários, a Câmara de Vereadores de Garanhuns aprovou, sob protesto de muitos Profissionais da Educação, o Projeto de Lei nº 012/2017, de autoria do Poder Executivo, que versa sobre o Reajuste Salarial da categoria, bem como a redução na carga-horária dos professores do Município. Apenas os vereadores Professor Márcio (PHS) e Tonho de Belo (PSDB) votaram contra a matéria.

Insatisfeitos com o resultado da votação, os Professores, através do Sindicato da Categoria, planejam a deflagração de uma Greve nos próximos dias. “Vamos convocar a classe e ver junto ao Sindicato quais são os procedimentos para que tenhamos uma greve legal. Então nós vamos fazer tudo dentro da legalidade, mas tenha certeza que a Educação de Garanhuns está de luto e nós vamos parar as escolas”, registrou o professor José Maria Costa, que é ligado ao Sindicato dos Professores de Pernambuco (SIMPRO), em entrevista ao repórter Luciano André, da Marano FM.

Já o vereador Zaqueu Lins (PRB), que chegou a apresentar uma emenda supressiva-modificativa ao Projeto de Lei, buscando retirar da matéria o trecho que versava sobre a carga-horária (derrotada por 9x4), registrou que o Projeto foi discutido por cerca de trinta dias pelos Vereadores, membros da Prefeitura, do Sindicato e pelos Professores, e que a matéria tinha relatório favorável para aprovação dos Parlamentares. “É um projeto que mexe na carga horária dos professores que tem horas-aulas a mais do que a Lei permite”, chamou a atenção o Parlamentar em entrevista a repórter Gabriela Sadi, da Marano FM. “Se tivéssemos rejeitado esse Projeto, os professores não poderiam receber o aumento de 7,64%. Pois caso houvesse a rejeição, nós não poderíamos mais votar essa matéria nesse ano de 2017, pois quando um Projeto de Lei de matéria financeira é rejeitado, ele só pode voltar a ser apresentado no ano seguinte. Se tivéssemos rejeitado agora, os professores só teriam aumento em 2018”, chamou a atenção o vereador Zaqueu Lins.

Em recente esclarecimento enviado a Imprensa, o Governo Municipal de Garanhuns registrou que a diminuição se deu por não existir qualquer ato administrativo que justificasse a elevação da carga horária em meados de 2010. "O aumento de carga horária inserida como necessária para desenvolvimento de atividades extra-classe não possui fundamento, conforme parecer do Conselho Nacional de Educação e do próprio TCE”, pontua trecho da Nota distribuída a Imprensa.

ENTENDA MELHOR – O edital do Concurso ao qual os professores do Nível 1 foram aprovados prevê uma carga/horária de 150 horas mensais, mas a Prefeitura de Garanhuns, desde 2010, aumentou em mais 30 horas as atividades, denominando-as de extra-classe. A ação representava mais dinheiro no bolso dos educadores. 

Agora, com a aprovação do Projeto de Lei e consequente sansão do Chefe do Poder Executivo, as trinta horas serão suprimidas de forma gradativa, mensalmente, com redução máxima mensal de dez horas, até a volta da carga horária inicial do professor (150 horas). Já os vencimentos dos docentes que tenham jornada de trabalho de 150 horas mensais passará a ser fixado em R$ 1.723,50, enquanto que o piso salarial dos profissionais do grupo ocupacional de magistério que tenham jornada de trabalho de 200 horas mensais ficará estabelecido em R$ 2.298,00.


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