Até o início de abril, professores de Escolas Públicas que lecionam em
turmas dos 1º e 2º anos do ensino fundamental contarão com o apoio de assistentes de alfabetização. O
Ministério da Educação (MEC) vai pagar R$ 150 pelo trabalho desses assistentes,
por cada turma que eles auxiliarem. O dinheiro começará a ser repassado em
março diretamente para as unidades de ensino. Serão beneficiadas, no País,
59.383 escolas, das quais 2.900 estão em Pernambuco. O anúncio foi feito nessa
segunda-feira, dia 26, pelo secretário de educação básica do MEC, Rossieli
Soares, durante o seminário Pernambuco
pela Educação, realizado no auditório do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE)
de Barreiros, na Zona da Mata Sul.
A iniciativa integra o Programa Mais Alfabetização, que deve atender 4,2
milhões de estudantes brasileiros. Faz parte do Plano Nacional de
Alfabetização, anunciado pelo MEC em outubro do ano passado. Quarta-feira, dia
28, em Brasília, o ministro da Educação, Mendonça Filho, lançará, juntamente
com o presidente da República, Michel Temer, outras ações do plano, desta vez
com foco na formação de docentes. Uma delas será o Programa de Residência
Pedagógica, dentro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(Pibid).
“Vamos dinamizar a política de formação dos docentes. Historicamente, as
formações não levam em conta os atores principais, os professores em sala de
aula. Queremos mudar isso”, destacou Mendonça Filho. O objetivo é melhorar a
formação dos futuros mestres. Nas universidades, os estudantes de pedagogia e
licenciaturas passarão por estágios supervisionados. Outra novidade será um
mestrado em alfabetização, exclusivamente para docentes que estiverem em sala
de aula, no modelo semi-presencial. Está para ser aprovado pela Capes até
abril, com início no segundo semestre.
“A ideia é que o assistente de alfabetização apoie o trabalho do
professor. Quem vai definir como será a atuação do assistente é o professor”,
observa o secretário do MEC. Cada assistente terá 5h semanais por turma. As
escolas terão que fazer a seleção dos profissionais e monitorar a atuação
deles, com repasse de informações regularmente para o MEC. Caso a cidade tenha
mais de 50% dos alunos com níveis insatisfatórios em leitura e escrita na
Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), os assistentes vão dobrar a carga
horária. De acordo com a última avaliação (2016), 54,73% dos estudantes acima
dos 8 anos tiveram desempenho insuficiente em leitura no Brasil e 33,85% em
escrita.
Aqui em Pernambuco, somente o município de Carnaubeira da Penha não
aderiu ao Programa Mais Alfabetização. Todas as outras 183 cidades do Estado e
o arquipélago de Fernando de Noronha firmaram convênio com o MEC. No País,
4.931 Municípios aceitaram a ajuda do Governo Federal. (Com informações do JC Online. CONFIRA)