Os três acusados de assassinatos em série e canibalismo aqui em Garanhuns, vão
novamente sentar no banco dos réus. Jorge Beltrão Negromonte da
Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da
Silva, que ficaram conhecidos mundialmente como os “Canibais presos em
Garanhuns”, serão julgados pelas mortes de duas mulheres. Os crimes aconteceram
entre fevereiro e março de 2012, aqui em Garanhuns.
O Júri Popular estava inicialmente previsto para 26 de abril deste ano,
mas foi adiado porque a defesa dos réus
solicitou o desaforamento (mudança do local do Julgamento). Os Advogados
alegaram que os moradores de Garanhuns estavam muito comovidos com o caso, e
que isso poderia influenciar a decisão dos sete jurados. O Tribunal
de Justiça de Pernambuco (TJPE) deferiu o pedido da defesa e transferiu o
julgamento para a Capital Pernambucana. Desta vez, o júri foi marcado para o
próximo dia 23 de novembro, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na área
central do Recife. A expectativa é de que a sentença seja anunciada no mesmo
dia.
De acordo com a denúncia, Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, e
Giselly Helena da Silva, 31, foram atraídas para a casa dos acusados com a
promessa de que iriam trabalhar como babás. Os Crimes aconteceram em meses
diferentes. Elas foram assassinadas, esquartejadas e partes das carnes das
coxas, pernas, braços, nádegas e fígado foram retiradas e consumidas. Os restos
mortais foram enterrados no quintal.
Na decisão levar o trio a Júri Popular, a Juíza
de Garanhuns, Pollyanna Maria Barbosa Cotrim, destacou que os acusados
confessaram que “parte (da carne humana) foi utilizada na confecção de
empadas e coxinhas que foram vendidas em diversas partes desta Cidade,
inclusive neste Fórum”. Jorge, Isabel e Bruna respondem por duplo
homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e
emboscada), ocultação e vilipêndio de cadáver. O trio permanece preso.
CONDENAÇÃO - Essa é a
segunda vez em que os Canibais vão a júri popular. Em 2014, Jorge, Bruna e
Isabel foram condenados pela primeira vez pelo homicídio quadruplamente
qualificado da Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, em Olinda.
Essa teria sido a primeira vítima do trio. Jorge pegou a maior pena: 23 anos de
reclusão. Isabel e Bruna pegaram 20 anos de prisão cada uma. Antes do primeiro
julgamento, os acusados passaram por exames de sanidade mental. Os laudos
apontaram que todos tinham consciência dos crimes e não apresentavam nenhum
distúrbio psiquiátrico. (Com informações
do Ronda JC/JC Online. CONFIRA)