segunda-feira, 27 de agosto de 2018

GARANHUNS: Ação Civil Pública do Ministério Público requer que Cargos Vagos da Guarda Municipal sejam Preenchidos por aprovados em Concurso

 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) propôs Ação Civil Pública para que a Prefeitura de Garanhuns complete o quadro pessoal da Guarda Municipal, convocando candidatos aprovados em Concurso, que ainda se encontra em Vigor. A iniciativa do MPPE prevê que a Municipalidade inclua no Orçamento de 2019 a previsão de verba para custeio da nomeação de Guardas Municipais, o que deve ser feito até o final de 2018, de forma a atingir o mínimo legal, respeitando as regras constitucionais de admissão de pessoal.

Atualmente, existem 250 cargos de Guardas Municipais, sendo que apenas 156 estão ocupados. A Prefeitura de Garanhuns realizou concurso público, em 2015, para preenchimento de vários cargos, inclusive para a Guarda Municipal. O Concurso foi prorrogado até 30 de junho de 2020, havendo vários candidatos aprovados que, em tese, podem ocupar as vagas.

O MPPE instaurou procedimento extrajudicial e solicitou informações à Prefeitura sobre a adequação ao número de Guardas necessários, que seria de 200 ao todo. O Órgão manifestou-se argumentando com impossibilidade de aumentar despesas com pagamento de pessoal, em decorrência das proibições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Porém, o MP registra ter apurado que a Administração Municipal estaria contratando Porteiros, que fariam o serviço dos Guardas Municipais em escolas da rede municipal de ensino, burlando a regra constitucional do Concurso Público.

“Não é demais lembrar que a função desempenhada pela Guarda Municipal é de extrema importância para viabilizar a efetiva proteção do patrimônio público municipal. A insuficiência de efetivo pode dar ensejo a sérios danos ao patrimônio”, pontuou o promotor de Justiça Domingos Sávio Agra, na peça da ação civil pública. “No caso de Garanhuns, é de conhecimento público que várias escolas estão sendo vilipendiadas, especialmente no período da noite, causando sérios prejuízos ao erário. Tais danos poderiam ser evitados, com a presença de Guardas Municipais”, argumentou o Promotor.