segunda-feira, 20 de agosto de 2018

TRANSPARÊNCIA: Candidatos terão de Detalhar Bens


Todos os 27.813 candidatos que pretendem disputar as eleições em outubro terão que detalhar a partir de hoje, dia 20, a declaração de bens feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida entra em vigor dez dias depois de o então presidente da Corte, ministro Luiz Fux, recuar de uma alteração que havia sido feita no sistema de registro de candidaturas que diminuía a transparência em relação aos bens de todos os políticos. Fux havia se comprometido com a alteração do sistema depois que a Folha de S.Paulo revelou que o tribunal promoveu mudanças no Sistema.

Nas disputas anteriores, os políticos tinham que listar seus bens de forma detalhada, com tipo, descrição e valor. Ao declarar a posse de um apartamento, por exemplo, normalmente eram descritos o endereço, tamanho e outras características. Nesta eleição foi informado à população apenas que o candidato tem um apartamento e o seu valor, sem indicação de endereço, cidade, Estado ou tamanho. No dia 9 de agosto, o TSE havia informado que faria a alteração e que os partidos cujos candidatos já declararam bens à Justiça Eleitoral seriam intimados para complementar as informações prestadas. Mas, até o dia 15 de agosto, todos os candidatos declararam seus bens sem poder informar detalhes.

Segundo informou o Tribunal em nota, as informações patrimoniais incluídas serão automaticamente exibidas no DivulgaCandContas, sistema utilizado pelo TSE para a divulgação das candidaturas e das prestações de contas dos candidatos e dos partidos políticos em todo o Brasil.

RECORDE - Este ano, os candidatos à Presidência da República declararam à Justiça Eleitoral valor recorde em patrimônio: R$ 833,8 milhões, somados os registros dos 13 concorrentes. Dois estreantes na disputa impulsionaram as cifras: o engenheiro João Amoêdo (NOVO) é dono de R$ 425 milhões, e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) tem uma fortuna de R$ 377,5 milhões. Em 2014, o total de bens informados pelos 11 candidatos foi de R$ 11 milhões, em valores nominais. Amoêdo e Meirelles, ambos com carreira profissional desenvolvida em bancos, representam juntos 96% do total - mais da metade pertence ao fundador do partido Novo.

O terceiro candidato com maior patrimônio é João Goulart Filho (PPL), que declarou R$ 8,6 milhões. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou possuir R$ 8 milhões. Na última eleição disputada por ele, quando alcançou a reeleição em 2006, o petista declarou R$ 839 mil. José Maria Eymael (DC) listou R$ 6,1 milhões em bens. O senador Alvaro Dias (Podemos) disse ser dono de R$ 2,9 milhões. Jair Bolsonaro (PSL-RJ) relatou ter R$ 2,2 milhões. Candidato do PDT, Ciro Gomes listou bens avaliados em R$ 1,7 milhão. Geraldo Alckmin (PSDB) declarou R$ 1,4 milhão. Marina Silva (Rede) disse possuir R$ 119 mil e Vera Lúcia Santiago (PSTU) informou ter um terreno de R$ 20 mil. Guilherme Boulos, do PSOL, disse possuir um automóvel avaliado em R$ 15 mil. Cabo Daciolo (Patriota) informou não possuir bens.

Para o Governo de Pernambuco, os candidatos este ano declararam ter bens totais no valor de R$ 23.704.612,07. O mais rico deles é o senador Armando Monteiro (PTB) que disse ter um patrimônio de R$ 16.754.720,50. É seguido pelo candidato do PROS, Maurício Rands, que declarou R$ 4.465.620,83. Depois vem o candidato Julio Lóssio (Rede) com R$ 2.206.390,83. O governador Paulo Câmara (PSB) declarou ter R$ 272.879,91 e Simone Fontana (PSTU), R$ 5 mil. Ana Patrícia Alves (PCO) e Dani Portela (PSTU) não declararam nenhum bem. (Com informações do Jorna do Commercio. CONFIRA)