Todos os 27.813 candidatos que
pretendem disputar as eleições em outubro terão que detalhar a partir de hoje,
dia 20, a declaração de bens feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A
medida entra em vigor dez dias depois de o então presidente da Corte, ministro
Luiz Fux, recuar de uma alteração que havia sido feita no sistema de registro
de candidaturas que diminuía a transparência em relação aos bens de todos os
políticos. Fux havia se comprometido com a alteração do sistema depois que a
Folha de S.Paulo revelou que o tribunal promoveu mudanças no Sistema.
Nas disputas anteriores, os
políticos tinham que listar seus bens de forma detalhada, com tipo, descrição e
valor. Ao declarar a posse de um apartamento, por exemplo, normalmente eram
descritos o endereço, tamanho e outras características. Nesta eleição foi
informado à população apenas que o candidato tem um apartamento e o seu valor,
sem indicação de endereço, cidade, Estado ou tamanho. No dia 9 de agosto, o TSE
havia informado que faria a alteração e que os partidos cujos candidatos já
declararam bens à Justiça Eleitoral seriam intimados para complementar as
informações prestadas. Mas, até o dia 15 de agosto, todos os candidatos
declararam seus bens sem poder informar detalhes.
Segundo informou o Tribunal em
nota, as informações patrimoniais incluídas serão automaticamente exibidas no
DivulgaCandContas, sistema utilizado pelo TSE para a divulgação das
candidaturas e das prestações de contas dos candidatos e dos partidos políticos
em todo o Brasil.
RECORDE - Este ano, os candidatos à Presidência da República
declararam à Justiça Eleitoral valor recorde em patrimônio: R$ 833,8 milhões,
somados os registros dos 13 concorrentes. Dois estreantes na disputa
impulsionaram as cifras: o engenheiro João Amoêdo (NOVO) é dono de R$ 425
milhões, e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) tem uma fortuna de
R$ 377,5 milhões. Em 2014, o total de bens informados pelos 11 candidatos foi
de R$ 11 milhões, em valores nominais. Amoêdo e Meirelles, ambos com carreira
profissional desenvolvida em bancos, representam juntos 96% do total - mais da
metade pertence ao fundador do partido Novo.
O terceiro candidato com maior
patrimônio é João Goulart Filho (PPL), que declarou R$ 8,6 milhões. O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou possuir R$ 8 milhões. Na
última eleição disputada por ele, quando alcançou a reeleição em 2006, o
petista declarou R$ 839 mil. José Maria Eymael (DC) listou R$ 6,1 milhões em
bens. O senador Alvaro Dias (Podemos) disse ser dono de R$ 2,9 milhões. Jair
Bolsonaro (PSL-RJ) relatou ter R$ 2,2 milhões. Candidato do PDT, Ciro Gomes
listou bens avaliados em R$ 1,7 milhão. Geraldo Alckmin (PSDB) declarou R$ 1,4
milhão. Marina Silva (Rede) disse possuir R$ 119 mil e Vera Lúcia Santiago
(PSTU) informou ter um terreno de R$ 20 mil. Guilherme Boulos, do PSOL, disse
possuir um automóvel avaliado em R$ 15 mil. Cabo Daciolo (Patriota) informou
não possuir bens.
Para o Governo de Pernambuco, os
candidatos este ano declararam ter bens totais no valor de R$ 23.704.612,07. O
mais rico deles é o senador Armando Monteiro (PTB) que disse ter um patrimônio
de R$ 16.754.720,50. É seguido pelo candidato do PROS, Maurício Rands, que
declarou R$ 4.465.620,83. Depois vem o candidato Julio Lóssio (Rede) com R$
2.206.390,83. O governador Paulo Câmara (PSB) declarou ter R$ 272.879,91 e
Simone Fontana (PSTU), R$ 5 mil. Ana Patrícia Alves (PCO) e Dani Portela (PSTU)
não declararam nenhum bem. (Com
informações do Jorna do Commercio. CONFIRA)