A escola indígena Marechal
Rondon, localizada na aldeia Fulni-Ô, em Águas Belas, foi alvo de um
incêndio supostamente criminoso na madrugada do dia 6 de agosto. Segundo a
Polícia Civil, um boletim de ocorrência referente ao caso foi registrado no
sábado, dia 8, na Delegacia do Município e um inquérito policial foi instaurado
para investigar o caso. Além da Polícia, a Fundação Nacional do Índio (Funai)
também foi informada.
A escola Marechal Rondon é uma
instituição de referência no ensino para o povo fulni-ô por ter em sua grade
curricular a língua Yaathe, única indígena originária e viva no Nordeste - a
referência exclui o Estado do Maranhão, que é considerado Amazônia Legal pela Funai.
Os supostos criminosos não só
atearam fogo, como ainda deixaram mensagens ofensivas na parede do local. O
fogo destruiu a área administrativa da escola. Diversos livros e materiais
foram queimados e a estrutura física do prédio está comprometida. A expectativa
é de que uma perícia seja feita no local nessa quarta-feira, dia 12.
Em entrevista ao portal
UOL, Maristela de Albuquerque Santos, coordenadora educacional da escola,
afirmou que o incêndio atingiu e destruiu quatro compartimentos do bloco
administrativo, entre elas a sala de leitura. Uma das salas que guarda arquivos
com pastas individuais de todos os alunos que passaram pela escola Marechal
Rondon fica no prédio atingido pelo incêndio, mas segundo a coordenadora,
"milagrosamente nenhum arquivo foi atingido", já que um grupo de
pessoas conseguiu tirar os arquivos com os documentos intactos. "Foram
momentos desesperadores", narroU Maristela. A Polícia Civil não citou se
já há suspeitos no caso. (Com
informações de Carolina
Fonsêca/JC Online. CONFIRA)
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