Depois que a Prefeitura do Recife
anunciou que vacinará cerca de 16 mil trabalhadores que atuam nas escolas
públicas e privadas da educação básica, choveram críticas contra o Governo do Estado
por, supostamente, “beneficiar” ou não
ter coragem de "peitar” o Prefeito da Capital do Estado, João Campos (PSB).
As principais críticas vieram do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB).
De acordo com Miguel, na
última segunda-feira, dia 26, houve reunião entre o Governo do Estado; o
Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e os secretários municipais de Saúde em
que ficou pactuado que o avanço da imunização para outras categorias só iria
ocorrer depois que todos os profissionais de saúde pernambucanos recebessem a
vacina. Ontem, dia 29, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de
Pernambuco (Cosems-PE) marcou uma reunião para que a Secretaria Estadual de
Saúde explique os motivos da capital dispor de doses para o público do setor
educacional.
Já na manhã desta sexta-feira,
dia 30, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, se pronunciou sobre o
assunto, quando garantiu que a distribuição de doses de vacinas contra a COVID-19
aos municípios do Estado está seguindo critérios técnicos. "As críticas
são impróprias, porque os Municípios são autônomos, há autonomia consagrada na
Constituição. Essa autonomia fez com que o Prefeito de Petrolina vacinasse
garis, que o Prefeito de Igarassu vacinasse os Guardas e, agora, o Prefeito do
Recife vacina professores. Todos eles não seguiram a pactuação definida",
afirmou André Longo, registrando que os Gestores terão de responder aos Órgãos de
Controle por vacinar grupos fora das prioridades previamente estabelecidas.
Longo ainda explicou que não
há vacina sendo distribuída pelo Governo de Pernambuco especificamente para
professores e que foi uma decisão da Prefeitura do Recife usar suas doses para
esse público. "É por conta em risco do Prefeito e cabe a ele explicar
porque não segue o que foi definido anteriormente. Não há vacina distribuída
para gari, para guarda, para professores. As vacinas são para grupos que o
Ministério da Saúde coloca", afirmou o secretário Estadual de Saúde,
classificando as críticas como “rinha política”.
GARANHUNS – Em nota
divulgada no Blog do Elielson, o Prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB)
saiu em defesa do companheiro de partido, o prefeito do Recife, João Campos. “O
momento talvez seja de menos política e de mais discussão sobre as melhores
formas e métodos de melhorarmos a imunização dos nossos conterrâneos”, pontuou
Sivaldo, ao se referir ao Prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB).
Atento ao debate político, o ex-prefeito Izaías Régis (sem
partido) divulgou nota censurando a postura de Sivaldo. “Em vez de cobrar uma
satisfação e vacinação para os professores de sua terra, o Prefeito de
Garanhuns divulga uma nota lamentável”, registrou o oposicionista, que disparou:
“a população exige que você defenda o interesse de nossos professores, de nossa
comunidade. Exija tratamento justo para Garanhuns, ou pelo menos fique calado”,
registrou Izaías.
Coube ao líder do
Governo Sivaldo Albino na Câmara sair em defesa do Prefeito Garanhuense. “Izaías,
em sua nota, vem dar uma de defensor dos professores, quando o seu Governo foi
o pior possível para esta valorosa classe, retirando direitos e diminuindo
salários de quem vive na sala de aula”, registrou o vereador Luizinho Roldão,
que emendou: “o Ex-prefeito passou 8 anos como serviçal de Armando Monteiro e
agora vem criticar Sivaldo porque é um homem de partido”, cutucou Roldão. (Para
conferir as Notas de Sivaldo, Izaías e Luizinho Roldão na Integra clique AQUI)