Na semana que antecede as festas juninas, a venda de
lenhas para fogueiras aumenta consideravelmente em todo o Estado. Diante da
correria dos pernambucanos para garantir a animação do São João, a Agência
Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realiza vistorias nos pontos de venda do
material e alerta os consumidores sobre a venda de madeira ilegal. A intenção é
fiscalizar a procedência das madeiras para evitar a venda de lenhas proibidas
ou ameaçadas de extinção.
“As festas podem ficar ainda mais bonitas e alegres se o
meio ambiente for respeitado. Por isso, é preciso evitar as fogueiras com o uso
de madeira sem procedência e comercializada de forma ilegal”, alertou o diretor
de Recursos Florestais e Biodiversidade da CPRH, Carlos André.
A CPRH determina que lenhas nativas só podem ser vendidas
com o Documento de Origem Florestal (DOF), que atesta a procedência do material
e é emitido pela própria agência. Já lenhas do tipo exótica podem ser vendidas
livremente.
Se encontradas irregularidades durante as vistorias, os
materiais ilegais serão apreendidos e os comerciantes multados. O valor da
penalidade varia de acordo com a quantidade e o tipo do material apreendido. A
multa mais barata é de R$ 300.
As cidades de Jupi, Jucati e Lajedo, todas no Agreste do
Estado, já receberam as vistorias. Desde o começo do mês, já foram apreendidas
toras de árvores como jurema, caatingueiro e marmeleira. Nos próximos dias,
estão previstas fiscalizações em outras cidades.
Como muitos consumidores não sabem distinguir os tipos
das madeiras, a recomendação da CPRH é solicitar que os vendedores mostrem o
documento que autoriza a venda do material. Além disso, Carlos André lembra que
madeiras antigas podem ser reutilizadas no São João. “É possível fazer uma bela
fogueira aproveitando resíduos de madeira já descartada assim como utilizar
caixas e caixotes”.