quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Polícia Federal esclarece Crime que motivou Morte de Promotor


Essa é destaque no Jornal do Commercio:

“Após um ano de buscas, depoimentos e reconstituições, a Polícia Federal concluiu as investigações sobre a morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, assassinado em outubro de 2013, em uma emboscada na rodovia PE­300, no Agreste de Pernambuco.

O inquérito policial, entregue à Justiça Federal no último dia 19, aponta o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa como mandante do crime. Segundo o inquérito, a noiva do promotor, a advogada Mysheva Martins, também era alvo da emboscada. Quatro pessoas foram presas por envolvimento com o homicídio e um suspeito segue foragido. O desfecho para o caso ocorre três meses após a Polícia Federal assumir as investigações.

De acordo com superintende da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz Cordeiro, o crime foi motivado por uma disputa de terras entre o fazendeiro José Maria e Mysheva Martins. A advogada teria sido favorecida pelo promotor na aquisição da Fazenda Nova. Esta era a principal linha de investigação seguida pela polícia desde o início das investigações.



"Todas as linhas foram checadas exaustivamente para não ficar nada para trás. Esta foi a única que se sustentou", explicou. Para o delegado Alexandre Alves, responsável pelo caso, o promotor Thiago Faria não era o único alvo dos criminosos. "O objetivo, ao que tudo indica, era matar o promotor e Mysheva, por ser uma pessoa diretamente envolvida na disputa pela terra", afirmou Alves.

O crime teria sido planejado pelo fazendeiro Zé Maria e executado por José Marisvaldo Vitor da Silva, José Maria Cavalcante, Adeíldo Ferreira dos Santos, e Antônio Cavalcanti Filho. Este último responde a um processo por latrocínio no Estado da Bahia, teve a prisão decretada, mas segue foragido. Outro suspeito que havia sido detido no dia 6 deste mês portando documentos do promotor foi descartado pelas investigações.

O suspeito de ser o mentor do crime se apresentou à Polícia Federal no dia 28 de outubro, e durante entrevista concedida no dia 17 deste mês, sugeriu que a noiva do promotor tivesse envolvimento com o caso. "Mysheva foi uma vítima. Durante as investigações acompanhamos o comportamento dela. Ficou comprovado que ela não fez uso do telefone celular desde às 8h38mim do dia do crime até o dia 27 de outubro", esclareceu o Delegado.


Todos os suspeitos foram indiciados por homicídio qualificado e duas tentativas de homicídio qualificado e continuam presos no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). Uma sexta pessoa, identificada como Jenessy Carneiro de Andrade, e que teria facilitado a fuga dos criminosos também será indiciada por participação no homicídio. A denúncia deve ser entregue ao Ministério Público Federal (MPF) nos próximos dias”. (Jornal do Commercio – Edição de 25/12/2014)