Paulo Câmara (PSB) e Raul Henry (PMDB) foram empossados
como Governador e Vice-governador de Pernambuco, na tarde desta quinta-feira,
dia 1º, na Assembleia Legislativa do Estado. Já amanhã, dia 2, logo as 9h,
acontecerá a posse dos 22 Secretários Estaduais.
Tão logo o secretariado foi anunciado, começaram as reflexões de quem
integraria aquele grupo seleto, o chamado “núcleo duro” que passará os próximos
quatro anos “ombro a ombro” com o Governador. Quem é o Geraldo Julio (prefeito
do Recife) de Paulo Câmara? Quem é o “Paulo Câmara” da nova gestão? Isto é, os
homens que fazem e têm a “máquina nas mãos”.
Paulo levou à pasta de Planejamento e Gestão, que serve como um maestro
para os demais secretários, o deputado federal reeleito Danilo Cabral (PSB). A
função é estratégica e de destaque. Basta dizer que saiu dela o “escolhido”
(Geraldo Julio) para disputar a Prefeitura do Recife em 2012. Danilo é o nome
mais políticos entre os “técnicos”. Já obteve mandato de vereador do Recife,
foi coordenador da campanha de 2006 de Eduardo, e, por duas vezes, deputado
federal. Era um dos nomes especulados para sair candidato a prefeito em 2012,
mas foi preterido.
No que tange às articulações políticas, o médico Antônio Figueira, secretário
da Casa Civil, também faz parte desse “núcleo duro”. Filho de Fernando
Figueira, fundador do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira (IMIP), ele já foi secretário-adjunto de Saúde do governo Arraes entre
1996 e 1998. Depois, foi o titular da pasta de 2011 a abril deste ano no
governo Eduardo e nas últimas eleições coordenou a campanha de Paulo Câmara.
Figueira tem um estilo que agradava bastante a Eduardo já que evita
estar no centro das atenções e tem uma atuação mais forte nos bastidores. Na
Casa Civil, ocupará o posto que um dia já foi do deputado federal Tadeu Alencar
(PSB), cotado até o início deste ano para ser o sucessor de Eduardo. As urnas
podem estar no caminho de Figueira. Alguns socialistas apontam em reserva que ele
é um nome para ser trabalhado para o Senado ou para a Câmara Federal nas
próximas disputas. Tudo, no entanto, vai depender da sua passagem pela Casa
Civil. Caberá a ele mostrar que, numa estrutura de governo distinta da que já
atuou, terá habilidade política para lidar com os deputados estaduais e
prefeitos. (Com informações do JC)