O Instituto de Pesquisa Uninassau fez a primeira sondagem sobre a
eleição para o governo estadual com os nomes apontados nos bastidores políticos
como possíveis candidatos ao Palácio do Campo das Princesas. Na pesquisa
estimulada, o senador Armando Monteiro (PTB) aparece com 22% das intenções de
voto. Depois, vem o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), com 12%, o
governador Paulo Câmara (PSB), com 6%, e o ministro das Cidades, Bruno Araújo
(PSDB), com 2%.
Na avaliação do cientista político Adriano Oliveira, professor da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e um dos coordenadores da pesquisa, a
“chave” da pesquisa está nos votos em branco, nulos ou em nenhum dos candidatos
(33%) e no percentual de quem não respondeu ou não soube responder (25%). Na
prática, quase 60% dos eleitores não escolheram nenhum dos nomes apresentados.
“O Governador não tem um forte opositor, como bem mostra a pesquisa.
Armando foi o principal adversário de Paulo em 2014, mas tem um recall baixo.
Já o percentual de eleitores que não escolheram nenhum candidato é alto. A
ausência de um nome forte eleitoralmente na oposição e a alta reprovação do
governador sugerem que os pernambucanos estão à procura de um líder”, observa
Adriano Oliveira.
Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são citados
pelos entrevistadores, Armando tem 13% das intenções de voto. Os demais postulantes
aparecem em situação de empate técnico entre si uma vez que a margem de erro é
de 2,2 pontos percentuais. Mendonça tem 4%, o deputado federal Jarbas
Vasconcelos (PMDB) aparece com 3,4%, Paulo Câmara surge com 3,3% e Bruno Araújo
conta com 1,1%. Para 7,1% dos entrevistados a resposta foi em outros nomes. O
índice de quem não soube responder ou não respondeu foi alto (66,1%) e 1,9% não
escolheu nenhum candidato. “Não se pode dizer que o governador Paulo Câmara
está ‘morto’ porque não tem candidato forte na oposição”, reforça Adriano
Oliveira.
É bom lembrar que a pesquisa Uninassau “fotografa” um cenário que pode
ser bem diferente do ambiente eleitoral em 2018. Alianças podem ser feitas
entre os políticos apontados como interessados no Palácio do Campo das
Princesas, reduzindo o número de postulantes. Outros nomes também podem surgir
e, dessa forma, alterar a corrida eleitoral. A definição completa da chapa
majoritária, com a escolha dos candidatos ao Senado, e a corrida presidencial
também são fatores que precisarão ser elevados em conta quando a campanha para
o governo estadual começar oficialmente.
No início de agosto de 2014, com a campanha eleitoral em curso, o então
Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau apontava Armando Monteiro com 37% das
intenções de voto e Paulo Câmara com 10%. Em setembro, o socialista alcançou
33% da preferência do eleitorado e o petebista caiu para 31%. Quando as urnas
foram abertas, Paulo foi eleito com 68% dos votos válidos.
DISPOSIÇÃO - O Governador tem afirmado que a eleição não
está na pauta da população e evita dizer de forma categórica que será candidato
de novo em 2018. Porém, em visita ao Sertão na semana passada, dentro do
projeto Pernambuco em Ação, ele mandou recados de que não faltará ânimo para
encarar as urnas mais uma vez. Essa disposição foi reforçada pelos aliados.
A
estratégia de Bruno Araújo e Mendonça também é não se comprometer agora. Há
quem diga que eles miram o Senado e que podem ser candidatos tanto ao lado de
Paulo quanto em um bloco de oposição.
Já Armando Monteiro deixou claro, em
entrevista à TV JC, que quer chegar ao Palácio do Campo das Princesas. “Gostaria
de ser Governador de Pernambuco. Me sentiria muito honrado se fosse convocado
para ser candidato”, declarou. (Com informações do Jornal do Commércio.
CONFIRA)