domingo, 2 de abril de 2017

Armando Monteiro lídera Corrida rumo a Sucessão Estadual de 2018, indica Pesquisa

 

O Instituto de Pesquisa Uninassau fez a primeira sondagem sobre a eleição para o governo estadual com os nomes apontados nos bastidores políticos como possíveis candidatos ao Palácio do Campo das Princesas. Na pesquisa estimulada, o senador Armando Monteiro (PTB) aparece com 22% das intenções de voto. Depois, vem o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), com 12%, o governador Paulo Câmara (PSB), com 6%, e o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), com 2%.

Na avaliação do cientista político Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e um dos coordenadores da pesquisa, a “chave” da pesquisa está nos votos em branco, nulos ou em nenhum dos candidatos (33%) e no percentual de quem não respondeu ou não soube responder (25%). Na prática, quase 60% dos eleitores não escolheram nenhum dos nomes apresentados.

“O Governador não tem um forte opositor, como bem mostra a pesquisa. Armando foi o principal adversário de Paulo em 2014, mas tem um recall baixo. Já o percentual de eleitores que não escolheram nenhum candidato é alto. A ausência de um nome forte eleitoralmente na oposição e a alta reprovação do governador sugerem que os pernambucanos estão à procura de um líder”, observa Adriano Oliveira.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são citados pelos entrevistadores, Armando tem 13% das intenções de voto. Os demais postulantes aparecem em situação de empate técnico entre si uma vez que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Mendonça tem 4%, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) aparece com 3,4%, Paulo Câmara surge com 3,3% e Bruno Araújo conta com 1,1%. Para 7,1% dos entrevistados a resposta foi em outros nomes. O índice de quem não soube responder ou não respondeu foi alto (66,1%) e 1,9% não escolheu nenhum candidato. “Não se pode dizer que o governador Paulo Câmara está ‘morto’ porque não tem candidato forte na oposição”, reforça Adriano Oliveira.

É bom lembrar que a pesquisa Uninassau “fotografa” um cenário que pode ser bem diferente do ambiente eleitoral em 2018. Alianças podem ser feitas entre os políticos apontados como interessados no Palácio do Campo das Princesas, reduzindo o número de postulantes. Outros nomes também podem surgir e, dessa forma, alterar a corrida eleitoral. A definição completa da chapa majoritária, com a escolha dos candidatos ao Senado, e a corrida presidencial também são fatores que precisarão ser elevados em conta quando a campanha para o governo estadual começar oficialmente.

No início de agosto de 2014, com a campanha eleitoral em curso, o então Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau apontava Armando Monteiro com 37% das intenções de voto e Paulo Câmara com 10%. Em setembro, o socialista alcançou 33% da preferência do eleitorado e o petebista caiu para 31%. Quando as urnas foram abertas, Paulo foi eleito com 68% dos votos válidos.

DISPOSIÇÃO - O Governador tem afirmado que a eleição não está na pauta da população e evita dizer de forma categórica que será candidato de novo em 2018. Porém, em visita ao Sertão na semana passada, dentro do projeto Pernambuco em Ação, ele mandou recados de que não faltará ânimo para encarar as urnas mais uma vez. Essa disposição foi reforçada pelos aliados. 

A estratégia de Bruno Araújo e Mendonça também é não se comprometer agora. Há quem diga que eles miram o Senado e que podem ser candidatos tanto ao lado de Paulo quanto em um bloco de oposição.

Já Armando Monteiro deixou claro, em entrevista à TV JC, que quer chegar ao Palácio do Campo das Princesas. “Gostaria de ser Governador de Pernambuco. Me sentiria muito honrado se fosse convocado para ser candidato”, declarou. (Com informações do Jornal do Commércio. CONFIRA)