Em discursos
e entrevistas, Paulo Câmara (PSB) vem afirmando que seus principais desafios
são a Segurança e o desemprego.
Essa avaliação é embasada pela pesquisa Uninassau. Para 41,3% das pessoas
ouvidas pelo instituto, o maior problema do Estado é a violência. Já 21,1%
acreditam que o desemprego é o grande obstáculo em Pernambuco. Saúde (16,9%),
falta d´ água (5,1%), educação (3%), o próprio governador (2,8%),
crise/economia (1,2%) e outros temas (4,3%) representam as demais preocupações
dos pernambucanos. Entre as pessoas ouvidas pela Uninassau, 4,2% não
responderam ou não souberam responder sobre o assunto.
Ainda de acordo com 31,8% dos entrevistados, a tarefa imediata do
governo estadual é oferecer mais policiamento/segurança e 19,3% indicam que é
gerar empregos. Em outra parte da pesquisa, em que os eleitores fazem avaliações segundo
a região em que vivem, a Segurança é vista como péssima por 57% dos eleitores.
As demais avaliações são ruim (27%), regular (12%), bom (3%) e ótimo (0%).
“Os hábitos
dos eleitores explicam a aprovação ou reprovação do Gestor. Se eleitores frequentam postos de saúde, têm
condições de avaliá-los. Isso também ocorre com a Segurança. Quando o eleitor
tem sensação de insegurança ou escuta cotidianamente relatos sobre atos
violentos, ele reprova o Gestor. Eleitores sabem apontar o culpado pela
deficiência do serviço público e de quem é a responsabilidade pela a solução
dos problemas”, diz o cientista político Adriano Oliveira, professor da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) um dos coordenadores da pesquisa.
Paulo é apontado por 64,9% das pessoas como maior responsável para dar
jeito na violência. O eleitor ainda responsabiliza governos/políticos (18,2%),
o presidente Michel Temer (PMDB)/governo federal (5,7%), a Polícia Militar
(2,5%) e a população (2%). Um total de 6,3% dos entrevistados não soube ou não
respondeu à questão. Para 0,5% há outros responsáveis pela área.
O Governador reconhece que a Segurança tem resultados aquém do esperado,
mas diz que conseguirá frear a escalada da violência. Ele também
divide o problema com o governo federal. Por sua vez, a oposição
recorre ao assunto na tentativa de apontar as fragilidades de Paulo Câmara como
gestor. O principal mote é de
que a violência está em ascensão e de que o socialista não conseguiu manter os
índices do Pacto pela Vida, criado por Eduardo Campos.
A estratégia da oposição é a mesma adotada há dez anos por Eduardo,
padrinho político de Paulo, quando se candidatou ao Governo. Ele fez uma
campanha em cima das deficiências da gestão Jarbas Vasconcelos (PMDB) e
Mendonça Filho (DEM) no combate à violência e se elegeu. “Pernambuco voltou no
tempo e está discutindo a Segurança novamente”, aponta Adriano Oliveira.
EMPREGO - Os eleitores qualificam as oportunidades de
emprego como péssimas (48%), ruins (32%), regular (17%), boas (2%) e ótimas
(0%). Para 49,4% dos entrevistados, Paulo é o principal responsável para
resolver o desemprego. Em seguida, vêm governos/políticos (21%), Temer (14,1%),
empresários (1,9%), a petista Dilma Rousseff (1,7%), a própria população (1,7%)
e outros (1%). Em sua defesa, o Governador destaca que a crise econômica
nacional reduziu os postos de trabalho no Estado. (Com informações do Jornal do
Commércio. CONFIRA)