Essa é destaque no Jornal do Commercio:
Bola ao centro, times prontos
e uma série de pessoas vidradas para acompanhar o resultado. Poderia ser um
enredo de qualquer partida de futebol, mas a ávida legião que assiste ao jogo
atende por outro nome: apostadores. Febre no Brasil, as apostas esportivas
movimentam cerca de R$ 4 bilhões por ano no País, de acordo com especialistas.
Dinheiro, cartão de crédito ou
débito, boleto bancário e até moeda eletrônica, você escolhe. São quase 500
sites estrangeiros, dos quais cerca de 10% são traduzidos para o português.
Eles operam livremente no Brasil por terem os servidores hospedados em outros Países.
Driblam a lei brasileira e não sofrem sequer fiscalização. A atividade desperta não só curiosidade, mas também a
paixão daqueles que unem o fanatismo com a chance de ganhar um dinheiro-extra. Para
vencer é preciso bater a chamada “pule”, nome popular do cartão de apostas,
onde quem joga precisa ter 100% de aproveitamento para receber o prêmio.
Mas as apostas esportivas não
tem apenas o lado do ganho. Por ainda não existir uma regulamentação vigente
sobre os sites que operam no exterior, os apostadores locais ficam sem suporte
legal caso sejam lesados, como aponta o presidente da Comissão de Direito do Consumidor
da OAB/Pernambuco, Ewerton Kleber de Carvalho Ferreira. “Quem se submete a
gastar ou se endividar fazendo um jogo como esse sofre um risco muito grande.
Se receber, ótimo, caso não receba não tem a quem se socorrer”, detalha o Advogado,
que alerta para a falta de dados nos boletos dos jogos, os populares pules, que
possuem apenas códigos referentes a cada palpite.
VÍCIO - Outra vertente perigosa é o vício que o jogo pode
proporcionar. “No começo, oferecem bônus para estimular quem tá começando e aí
o cara continua pra ganhar o que perdeu e fica num ciclo vicioso”, registra um
apostador, ouvido em reserva pelo Jornal do Commercio. Segundo ele, o
percentual de ganho não chega a 2%, mas a facilidade do jogo online e o uso do
cartão de crédito é o que fisga o apostador.
REGULAMENTAÇÃO - Em tramitação no Senado, um projeto de lei visa
proibir operações em sites internacionais para conter a evasão. Até agora,
porém, projeto ainda não foi debatido com profundidade. (Com informações e imagens do Jornal do Commercio. CONFIRA)