domingo, 24 de setembro de 2017

APOSTAS ESPORTIVAS: Um Negócio que já Movimenta Milhões no Brasil

 

Essa é destaque no Jornal do Commercio:

Bola ao centro, times prontos e uma série de pessoas vidradas para acompanhar o resultado. Poderia ser um enredo de qualquer partida de futebol, mas a ávida legião que assiste ao jogo atende por outro nome: apostadores. Febre no Brasil, as apostas esportivas movimentam cerca de R$ 4 bilhões por ano no País, de acordo com especialistas.

Dinheiro, cartão de crédito ou débito, boleto bancário e até moeda eletrônica, você escolhe. São quase 500 sites estrangeiros, dos quais cerca de 10% são traduzidos para o português. Eles operam livremente no Brasil por terem os servidores hospedados em outros Países. Driblam a lei brasileira e não sofrem sequer fiscalização. A atividade desperta não só curiosidade, mas também a paixão daqueles que unem o fanatismo com a chance de ganhar um dinheiro-extra. Para vencer é preciso bater a chamada “pule”, nome popular do cartão de apostas, onde quem joga precisa ter 100% de aproveitamento para receber o prêmio.

Mas as apostas esportivas não tem apenas o lado do ganho. Por ainda não existir uma regulamentação vigente sobre os sites que operam no exterior, os apostadores locais ficam sem suporte legal caso sejam lesados, como aponta o presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/Pernambuco, Ewerton Kleber de Carvalho Ferreira. “Quem se submete a gastar ou se endividar fazendo um jogo como esse sofre um risco muito grande. Se receber, ótimo, caso não receba não tem a quem se socorrer”, detalha o Advogado, que alerta para a falta de dados nos boletos dos jogos, os populares pules, que possuem apenas códigos referentes a cada palpite.

VÍCIO - Outra vertente perigosa é o vício que o jogo pode proporcionar. “No começo, oferecem bônus para estimular quem tá começando e aí o cara continua pra ganhar o que perdeu e fica num ciclo vicioso”, registra um apostador, ouvido em reserva pelo Jornal do Commercio. Segundo ele, o percentual de ganho não chega a 2%, mas a facilidade do jogo online e o uso do cartão de crédito é o que fisga o apostador.

REGULAMENTAÇÃO - Em tramitação no Senado, um projeto de lei visa proibir operações em sites internacionais para conter a evasão. Até agora, porém, projeto ainda não foi debatido com profundidade. (Com informações e imagens do Jornal do Commercio. CONFIRA)