Os vinhos produzidos a partir das uvas colhidas e cultivadas no campo
experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em Brejão,
microrregião de Garanhuns, foram apreciados em um evento que reuniu 70 pessoas
na Chácara Vale das Colinas, aqui em Garanhuns. A área experimental tem o
objetivo de colocar o Agreste pernambucano como uma nova região de vinícola do
País, mostrando uma nova possibilidade de desenvolvimento econômico e social.
O evento faz parte de um projeto que reuniu professores e pesquisadores
da Embrapa Semiárido, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e da
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que tem como objetivo
analisar o comportamento agronômico, a qualidade da uva e implantar o
processamento de vinhos em regiões produtoras de uvas e vinhos não
tradicionais. Os vinhos apresentados contém uma boa qualidade, e apresenta um
indicador do potencial da região para a produção de vinhos finos.
Em cerca de três anos de pesquisa no campo com dez variedades de uvas
europeias, foi possível observar as que melhor se adaptam às condições de solo
e clima do local. Das dez variedades, as Muscat Petit Grain, Sauvignon Blanc e
Viognier, entre as brancas, e três as tintas: Malbec, Cabernet Sauvignon e
Syrah. Após serem cultivadas e colhidas no campo experimental do IPA em Brejão,
as uvas foram levadas para o tratamento do vinho no Laboratório de Enologia da
Embrapa Semiárido, em Petrolina, no processo, foi usado o método tradicional
para vinhos jovens e em escala experimental.
Segundo Aline Teles, pesquisadora responsável pelo tratamento do vinho, os vinhos feitos a partir das uvas da região apresentam potencial para serem produzidos em escala comercial, se enquadrando dentro dos limites da legislação brasileira para vinho fino seco. As uvas brancas também são um destaque para a produção, que além dos vinhos brancos, podem ter potencial para elaboração de espumantes na região. (Com informações da Folha de Pernambuco e Imagens de Edméa Ubirajara/Divulgação. CONFIRA)