domingo, 17 de setembro de 2017

PACTO FALIDO: Pernambuco contabiliza, em 8 meses, 3.735 Pessoas Assassinadas

 

O ano de 2017 continua a quebrar recordes como o pior desde a adoção do Pacto pela Vida (PPV), em 2007. Com os 413 homicídios registrados no Estado em agosto, o período dos oito primeiros meses deste ano é pior até mesmo que aquele registrado no ano de implementação da política pública de segurança.

Entre janeiro e agosto de 2017 foram 3.735 assassinatos, enquanto no mesmo espaço de tempo, em 2007, foram 3.145 – um aumento de 18,7%. A marca também é negativa se comparada aos oito primeiros meses de 2016: aumento de 34,8% no índice de mortes violentas. Mas quando o confronto é com o ano de melhor desempenho do Pacto (2013), a discrepância é ainda mais contundente. De janeiro a agosto daquele ano, Pernambuco registrou 2.048 homicídios. Ou seja, os oito meses iniciais de 2017 representam um aumento de 82,4% se comparados aos de 2013. Quase o dobro de mortes em um intervalo de apenas quatro anos.


Se é possível haver algum tipo de consolo em um quadro como esse, pode-se alegar que os 413 assassinatos de agosto de 2017 foram a segunda menos dramática marca do ano, atrás dos 380 notificados em junho. A redução veio depois de um período de quatro meses – entre março e junho – em que houve um decréscimo contínuo nos assassinatos. Em julho, o aumento para 447 registros interrompeu a tendência de queda. Com 551 mortes violentas intencionais, março deste ano foi o pior mês de toda a história do Pacto pela Vida. Coincidentemente, o melhor mês dos dez anos de vigência da política pública foi agosto de 2013, quando foram registrados 214 homicídios.

Sobre os dados de agosto, o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, se manifestou através de nota enviada pela assessoria de comunicação. “Tivemos, no mês de agosto, a prisão de 226 homicidas (36 a mais em relação a julho), sendo 1.583 em todo o ano. Operações de repressão qualificada, como Força no Foco e Impacto Integrado, já atuaram em 50 cidades. E teremos maior capacidade de patrulhamento com a chegada dos 1.500 policiais militares em formação e a ativação do Biesp, em Caruaru, e do Bope, na capital”. (Com informações e arte do Jornal do Commercio. CONFIRA)