O ano de 2017 continua a
quebrar recordes como o pior desde a adoção do Pacto pela Vida (PPV), em 2007.
Com os 413 homicídios registrados no Estado em agosto, o período dos oito
primeiros meses deste ano é pior até mesmo que aquele registrado no ano de
implementação da política pública de segurança.
Entre janeiro e agosto de 2017
foram 3.735 assassinatos, enquanto no mesmo espaço de tempo, em 2007, foram 3.145
– um aumento de 18,7%. A marca também é negativa se comparada aos oito
primeiros meses de 2016: aumento de 34,8% no índice de mortes violentas. Mas
quando o confronto é com o ano de melhor desempenho do Pacto (2013), a
discrepância é ainda mais contundente. De janeiro a agosto daquele ano,
Pernambuco registrou 2.048 homicídios. Ou seja, os oito meses iniciais de 2017
representam um aumento de 82,4% se comparados aos de 2013. Quase o dobro de
mortes em um intervalo de apenas quatro anos.
Se é possível haver algum tipo
de consolo em um quadro como esse, pode-se alegar que os 413 assassinatos de
agosto de 2017 foram a segunda menos dramática marca do ano, atrás dos 380
notificados em junho. A redução veio depois de um período de quatro meses –
entre março e junho – em que houve um decréscimo contínuo nos assassinatos. Em
julho, o aumento para 447 registros interrompeu a tendência de queda. Com 551
mortes violentas intencionais, março deste ano foi o pior mês de toda a
história do Pacto pela Vida. Coincidentemente, o melhor mês dos dez anos de
vigência da política pública foi agosto de 2013, quando foram registrados 214
homicídios.
Sobre os dados de agosto, o
secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, se manifestou através de nota
enviada pela assessoria de comunicação. “Tivemos, no mês de agosto, a prisão de
226 homicidas (36 a mais em relação a julho), sendo 1.583 em todo o ano.
Operações de repressão qualificada, como Força no Foco e Impacto Integrado, já
atuaram em 50 cidades. E teremos maior capacidade de patrulhamento com a
chegada dos 1.500 policiais militares em formação e a ativação do Biesp, em
Caruaru, e do Bope, na capital”. (Com
informações e arte do Jornal do Commercio. CONFIRA)