quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

SHOWS: Álvaro Porto denuncia Superfaturamento e Discriminação Política por parte do Governo Paulo Câmara


Essa é destaque no Jornal do Commercio:

“O script para pagamento de bandas em shows nos municípios do Estado, pela Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), volta a ser foco de acusações, agora na Assembleia Legislativa, exatamente onde parlamentares têm sido apontados como instrumento dos gastos públicos com essas festas.

O deputado de oposição Álvaro Porto (PTB) acusou, ontem, dia 24, a Secretaria de Turismo e a Empetur de superfaturar pagamentos de artistas e bandas em festas de padroeiros municipais e no Carnaval deste ano e de perseguição política a prefeitos opositores do governo Paulo Câmara (PSB). O deputado antecipou, na tribuna, que na próxima semana ingressa com denúncias no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pedindo a apuração dos casos de pagamento de shows levantados no Diário Oficial do Estado que identifica como "superfaturados", no comparativo feito com os mesmos shows em outras praças.

Porto citou como exemplo a cantora baiana Margareth Menezes que, segundo o D.O. da Bahia, recebeu R$ 30,9 mil para cantar no Pelourinho, em Salvador, dia 13 deste mês, e quatro dias depois ganhou R$ 150 mil para uma exibição em Belém de São Francisco (Sertão). "Está tudo documentado", assegurou.

O Deputado oposicionista atribuiu diretamente à Secretaria de Turismo e à Empetur a responsabilidade pelos casos relatados como de discriminação política. "Elas é que escolhem as bandas, não são as prefeituras", destacou. Porto citou Agrestina, São João e Canhotinho ­ essa, onde seu sobrinho Felipe Porto é prefeito­ como cidades com gestores "que apoiaram Armando Monteiro (PTB) ao governo" e que não receberam apoio para o Carnaval e festas de padroeiro, enquanto as governistas Jucati, Bonito e Altinho, também no Agreste Meridional, teriam sido contempladas. "Isto é clara perseguição política", definiu.

O secretário de Turismo de Pernambuco e deputado federal licenciado, Felipe Carreras (PSB), a quem a Empetur está subordinada, "negou haver discriminação política" no financiamento de shows em municípios e contestou as acusações de superfaturamento nos cachês pagos a artistas e bandas. Carreras afirmou que o governo, via Empetur, abriu edital para qualquer artista se apresentar no Carnaval, podendo colocar o valor do seu cachê. "Foi feito um portfólio para mostrarmos aos prefeitos e aumentamos de três para cinco a necessidade de comprovação de cachês. A Margareth Menezes comprovou que se apresentou noutro lugar pelo valor contratado", disse.

Na Alepe, governistas reagiram às acusações, saindo em defesa do governo estadual. O líder Waldemar Borges (PSB) afirmou "não haver postura discriminatória" e que o governo trata igual a todos os municípios, "independentemente da coloração partidária". "Foi este governo que colocou regras em uma área muito subjetiva, através de um edital que diminuísse a subjetividade. O governo não tem como controlar preços de artistas, por isso colocou regras", acrescentou Borges após a sessão. "Não há escolha por quem apoiou e quem não apoiou Paulo Câmara. Em Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB) é de oposição e lá houve polo de Carnaval. Em Itamaracá, também", lembrou Aluísio Lessa (PSB)”. (Jornal do Commercio – Ayrton Maciel  - Política – 25/02/2015)