A Secretaria de Saúde de Garanhuns informa que tem intensificado as
ações de acompanhamento às mães e gestantes cujas crianças tenham sido
notificadas com suspeita de microcefalia.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal, 29 crianças já
foram notificadas com suspeita de microcefalia e estão em investigação. Em
relação a fetos com microcefalia intra-útero, apenas um caso foi notificado.
O protocolo de atendimento dos casos com microcefalia, estabelecido pela
Secretaria Estadual de Saúde (SES) e adaptado pela Secretaria Municipal, foi
divulgado na tarde de ontem, dia 14, pela Coordenação da Atenção Básica e
Vigilância Epidemiológica aos médicos, enfermeiros, dentistas e profissionais
do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). O protocolo irá contemplar
casos de feto com microcefalia intra-útero, gestantes, puérperas e bebês
diagnosticados com a suspeita e/ou confirmação da malformação, além de
gestantes com exantema.
Toda gestante que for identificada com exantema – que são manchas
vermelhas pelo corpo –, segue o fluxo de coleta de exames, realiza
ultrassonografia (USG) entre a 32ª e 35ª semana de gestação e continua o
pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS). Em caso de gestante com diagnóstico
de feto com microcefalia intra-uterino durante o pré-natal, a mãe continua
sendo acompanhada na UBS, repetindo a USG de acordo com a avaliação médica,
conforme o protocolo. Em paralelo a isso, a Gestante terá acompanhamento
psicológico até o nascimento da criança e, posteriormente, durante o tratamento
da mesma.
O protocolo também define diretrizes de atendimentos aos bebês nascidos
com suspeita de microcefalia. Esses casos serão encaminhados à avaliação
da Referência Estadual Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, para a
investigação e, se necessário, serão submetidos a exames neurológicos e de
imagem. Enquanto isso, a Unidade Básica de Saúde continuará acompanhando a mãe
e o recém-nascido. Em caso confirmado de microcefalia, a criança passa a ser
acompanhada por uma equipe multiprofissional, além do suporte emocional aos
pais. Todas essas orientações do protocolo serão válidas tanto para a rede
pública de saúde quanto para os hospitais privados. (Com informações e imagem de
Ruthe Santana/SECOM/PMG)