Uma comissão formada por donos
de laticínios e membros de vários órgãos públicos quer imprimir a marca do
Agreste Pernambucano ao Queijo Coalho. Há mais de dez anos, os participantes se
preparam com pesquisas e experimentos para solicitar o registro de indicação
geográfica do laticínio para 27 cidades agrestinas.
O selo identifica o produto
como sendo de uma determinada Região, com características próprias e processo
de fabricação com rígido controle de qualidade. A denominação é concedida pelo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mediante o cumprimento de
diversas exigências, a exemplo da criação de um dossiê e um regulamento de
produção.
O próximo passo para chegar
mais perto do título é o lançamento do livro ‘O Queijo de Coalho em Pernambuco:
Histórias e Memórias’. A cerimônia acontece hoje, às 14h, no Centro de
Convenções, durante a 24ª edição da Agrinordeste. O Livro faz um passeio pela
história do queijo coalho e traz dicas de receitas de chefs renomados.
A produção do laticínio no
Brasil começou no século 16. A criação do gado se concentrou primeiro no Sertão
do Estado. Com o tempo, os produtores rurais descobriram que as regiões
agrestinas, mais elevadas, ofereciam condições favoráveis para a criação do
gado leiteiro, como o clima frio e nível de umidade ideal para o plantio de
palma forrageira, a alimentação base dos animais. Essas são apenas algumas
características que os donos de laticínios e membros de órgãos públicos afirmam
que influenciam no produto final, tornando o queijo coalho do Agreste
diferente. Para assegurar a qualidade, os produtores adotaram regras que visam
a sanidade do animal, como alimentação baseada apenas na palma forrageira, e
uma linha de produção padronizada.
"Atualmente, 70% da bacia
leiteira do Estado se encontra no Agreste. Isso criou uma cultura para os
moradores da localidade. Diferente do alimento fabricado no Sertão, aqui a
massa prensada é mais fresca, não é pré-cozida. Dá uma característica sensorial
diferente", afirma o gestor do Centro Tecnológico de Laticínios do
Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), em Garanhuns, Benoit Paquereau.
Paquereau é um dos autores do livro junto a coordenadora do curso de História da Universidade de Pernambuco (UPE), Maria Giseuda de Barros Machado, e da arquivista e licenciada em história Sônia Romualda Napoleão Carvalho. Atualmente, cinco donos de laticínios empregaram o regulamento. Eles compartilham a marca Certificação do Queijo de Coalho (CQP). O Itep está realizando testes nos alimentos para garantir a qualidade. Até 2017, o grupo pretende solicitar a indicação geográfica ao INPI. "Isso vai valorizar o queijo da região. Outros empresários também vão querer adotar o regulamento e a qualidade, no geral, vai subir", acredita Benoit. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)
Paquereau é um dos autores do livro junto a coordenadora do curso de História da Universidade de Pernambuco (UPE), Maria Giseuda de Barros Machado, e da arquivista e licenciada em história Sônia Romualda Napoleão Carvalho. Atualmente, cinco donos de laticínios empregaram o regulamento. Eles compartilham a marca Certificação do Queijo de Coalho (CQP). O Itep está realizando testes nos alimentos para garantir a qualidade. Até 2017, o grupo pretende solicitar a indicação geográfica ao INPI. "Isso vai valorizar o queijo da região. Outros empresários também vão querer adotar o regulamento e a qualidade, no geral, vai subir", acredita Benoit. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)