terça-feira, 20 de setembro de 2016

Álvaro Porto quer Pente Fino nos Contratos de Shows firmados pelo Governo Paulo Câmara


O deputado Estadual Álvaro Porto (PSD) apresentou, nesta terça-feira, dia 20, pedido de informação voltado para o controle de gastos do Governo do Estado com a contratação de atrações musicais. Também deu entrada em Projeto de Lei que estabelece o prazo de 30 dias, contados a partir da apresentação da nota fiscal ou fatura, para pagamento dos artistas – especialmente os locais – contratados para a realização de shows bancados pelos cofres de Pernambuco.

As iniciativas têm o objetivo de assegurar o fim de gastos excessivos e nocivos ao caixa estadual e de eventuais privilégios de empresas contratantes. Visa também e, principalmente, o pagamento do cachê a cantores, bandas e músicos que trabalham e penam para receber. Já com o Projeto de Lei (PL) e o pedido de informação, o Deputado atende a pedidos de artistas que o têm procurado com regularidade em seu Gabinete com queixas relacionadas a atrasos no recebimento dos valores contratados.

Para a assessoria de Porto, que é aliado do Governador Paulo Câmara (PSB),  se aprovado, o PL findará uma prática antiga que humilha e desvaloriza a classe artística de Pernambuco. “A cada ano, como se sabe, há casos de atraso na quitação dos contratos firmados no Carnaval, ciclo junino e outros eventos e festividades culturais”, pontua a Assessoria.

Já o pedido de informação, destinado ao Governador Paulo Câmara, pretende fazer um pente fino nos contratos fechados em 2016 pela Secretaria de Turismo; Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur); Secretaria de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Com o pedido, Álvaro Porto quer saber quais foram as Cidades e os respectivos artistas, cachês e produtores contratados, listados individualmente, beneficiadas com recursos do tesouro estadual para a realização de festividades em 2016. O Deputado também questiona quais as empresas produtoras de eventos culturais, listando-se a razão social e CNPJ, receberam valores diretamente do Governo do Estado, com recursos oriundos do tesouro pernambucano para a realização de shows em 2016 e qual o valor recebido por cada empresa, entre outras informações.

INQUÉRITO NO MINISTÉRIO PÚBLICO - Em outubro do ano passado, denúncia feita no inicio do ano pelo Deputado Álvaro Porto, e época oposicionista, apontando discrepância nos valores de contrato de cantores e bandas, levou o Ministério Público a entrar em ação. A promotora de Defesa do Patrimônio Público de Olinda, Ana Maria Sampaio de Carvalho, abriu inquérito para apurar suposto superfaturamento de cachês de artistas contratados da Empetur no Carnaval daquele ano. O Inquérito está em andamento. (Com informações da ASCOM do Deputado Álvaro Porto)