sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Ministério Público vai investigar Superfaturamento de Shows do Governo do Estado


O deputado Estadual Álvaro Porto (PTB) se mostrou satisfeito com a iniciativa da promotora de Defesa do Patrimônio Público de Olinda, Ana Maria Sampaio de Carvalho, que decidiu abrir inquérito para apurar suposto superfaturamento de cachês de artistas contratados pela Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) no Carnaval deste ano.

A ação da Promotora foi motivada por denúncias apresentadas pelo Petebista, ainda em fevereiro, apontando discrepância nos valores na contratação de cantores e bandas. A diferença entre a quantia paga por show de um artista em outro Estado e o total desembolsado pela Empetur por essa mesma "atração" superaram a casa dos 400%, segundo dados apresentados na época.

Para o Deputado, que é vice-líder da oposição, é fundamental que a apuração aconteça, que tudo seja esclarecido e que os autores das irregularidades sejam punidos. "Não se pode deixar de averiguar o que ocorreu, sob pena de estarmos sendo coniventes com prejuízos para os cofres do Estado. Estamos fazendo o nosso papel e o Ministério Público merece nosso reconhecimento por estar em busca de apurar e encaminhar eventuais denúncias à Justiça", alertou o Deputado.     

Na ocasião, Álvaro Porto destacou que o Governo do Estado tinha superfaturado, em menos de um mês de gestão, mais de R$ 1 milhão na contratação de artistas. No levantamento apresentado em Plenário da ALEPE, o Deputado apontou, por exemplo, que, enquanto o sambista Diogo Nogueira (foto) cobrava R$ 125 mil para cantar em outro Estado, a Empetur o contratou por R$ 150 mil. Fafá de Belém, que tem cachê de R$ 25 mil, apresentou-se por R$ 80 mil. O mesmo aconteceu com a banda Cheiro de Amor, que costumava faturar R$ 55 mil e aqui em Pernambuco recebeu R$ 100 mil.

A promotora de Justiça já enviou ofício à Empetur para que a empresa envie ao Ministério Público documentos referentes a procedimentos licitatórios, contratos e prestações de contas dos shows bancados por ela em 2015. A Empetur tem 30 dias para remeter o material. O prazo começou a contar no último dia 16 deste mês, por ocasião da publicação da Portaria tratando da instauração do Inquérito Civil Público. (Com informações da Assessoria)

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