quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Deputados e Amantes do Esporte saem em Defesa da Vaquejada


Depois do deputado Federal Kaio Maniçoba, que propôs a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Vaquejada, ontem, dia 13, foi à vez do também deputado pernambucano Jorge Corte Real sair em defesa do esporte como cultura nordestina e fonte geradora de renda e emprego.

Em artigo publicado no Blog do Magno, Côrte Real afirmou: “A decisão do STF interfere diretamente na cultura nordestina, pois a prática da vaquejada nos reporta às nossas origens, lembrando ainda que afetará, principalmente, os cidadãos que de forma direta ou indireta dependam desse esporte. É importante registrar que o tradicional esporte mobiliza as pessoas, gera emprego e renda e já faz parte da economia do nosso Estado”, pontuou o Parlamentar Federal.

Além da mobilização política, nos últimos dias, amantes da modalidade esportiva em diversas cidades do Estado se mobilizaram contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou inconstitucional o Projeto de Lei que regulamentava a prática do esporte da vaquejada no estado do Ceará. Com a decisão, a Vaquejada passou a ser vista juridicamente como uma prática ilegal em todo o País, prejudicando uma importante cadeia econômica no Nordeste. 


Na última terça-feira, dia 11, amantes da prática cultural, esportiva e econômica promoveram uma cavalgada pacífica pelas ruas da Cidade. A meta dos organizadores foi mostrar que o fim das vaquejadas vai deixar de geram, aqui em Pernambuco, cerca de 120 mil empregos diretos e 600 mil indiretos. "Nossa ideia com esses protestos é esclarecer para a população o que é a vaquejada, pois estamos vendo que para muitas pessoas o conceito desse esporte está deturpado. É preciso que todos saibam que, caso a vaquejada venha a ser proibida no futuro, milhares de pessoas ficarão sem emprego. Esperamos que o governador Paulo Câmara se posicione sobre o assunto", explicou Sílvio Valença Filho, presidente da Associação de Criadores de Quarto de Milha em Pernambuco (ACQM-PE).

Ainda segundo Valença, entre os organizadores de vaquejadas já existe a preocupação com o bem-estar animal. A posição é diferente da do STF, que considerou que a prática fere princípios constitucionais por impor sofrimento aos animais. "Os organizadores de vaquejadas de todo o Estado assinaram um termo de cooperação com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e já cuidam para que os animais que participam destes eventos não passem por nenhum tipo de sofrimento", disse Valença, que alertou: “se essa decisão do STF chegar aqui todo esse setor vai sentir isso. A economia de Cachoeirinha, por exemplo, gira em torno da vaquejada. Lá tem muitas fábricas de sela, arreio e tudo será prejudicado", comentou o presidente da ACQM-PE. Vale registrar que uma grande manifestação está sendo organizada nacionalmente para o próximo dia 25 de outubro.