Depois do deputado Federal
Kaio Maniçoba, que propôs a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da
Vaquejada, ontem, dia 13, foi à vez do também deputado pernambucano Jorge Corte
Real sair em defesa do esporte como cultura nordestina e fonte geradora de
renda e emprego.
Em artigo publicado no
Blog do Magno, Côrte Real afirmou: “A decisão do STF interfere diretamente na
cultura nordestina, pois a prática da vaquejada nos reporta às nossas origens,
lembrando ainda que afetará, principalmente, os cidadãos que de forma direta ou
indireta dependam desse esporte. É importante registrar que o tradicional
esporte mobiliza as pessoas, gera emprego e renda e já faz parte da economia do
nosso Estado”, pontuou o Parlamentar Federal.
Além da mobilização
política, nos últimos dias, amantes da modalidade esportiva em diversas
cidades do Estado se mobilizaram contra a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF), que julgou inconstitucional o Projeto de Lei que regulamentava a prática
do esporte da vaquejada no estado do Ceará. Com a decisão, a Vaquejada passou a
ser vista juridicamente como uma prática ilegal em todo o País, prejudicando
uma importante cadeia econômica no Nordeste.
Na última terça-feira, dia 11, amantes da prática cultural, esportiva e econômica
promoveram uma cavalgada pacífica pelas ruas da Cidade. A meta dos
organizadores foi mostrar que o fim das vaquejadas vai deixar de geram, aqui em Pernambuco, cerca de 120 mil
empregos diretos e 600 mil indiretos. "Nossa ideia com
esses protestos é esclarecer para a população o que é a vaquejada, pois estamos
vendo que para muitas pessoas o conceito desse esporte está deturpado. É
preciso que todos saibam que, caso a vaquejada venha a ser proibida no futuro,
milhares de pessoas ficarão sem emprego. Esperamos que o governador Paulo
Câmara se posicione sobre o assunto", explicou Sílvio Valença Filho,
presidente da Associação de Criadores de Quarto de Milha em Pernambuco
(ACQM-PE).
Ainda segundo
Valença, entre os organizadores de vaquejadas já existe a preocupação com o
bem-estar animal. A posição é diferente da do STF, que considerou que a
prática fere princípios constitucionais por impor sofrimento aos animais.
"Os organizadores de vaquejadas de todo o Estado assinaram um termo de
cooperação com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e já cuidam para que
os animais que participam destes eventos não passem por nenhum tipo de
sofrimento", disse Valença, que alertou: “se essa decisão do STF chegar
aqui todo esse setor vai sentir isso. A economia de Cachoeirinha, por exemplo,
gira em torno da vaquejada. Lá tem muitas fábricas de sela, arreio e tudo será
prejudicado", comentou o presidente da ACQM-PE. Vale registrar que uma
grande manifestação está sendo organizada nacionalmente para o próximo dia 25
de outubro.