quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Armando Monteiro critica Paulo Câmara. Danilo Cabral retruca: “só aparece em tempo de eleição”


O senador Armando Monteiro Neto (PTB) criticou o que chamou de "um déficit de articulação política" do governador Paulo Câmara (PSB), a quem atribuiu a responsabilidade pela exclusão de Pernambuco do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo federal, e a redução de 22% das dotações para investimentos no Estado no projeto da Lei Orçamentária de 2017.

Ontem, dia 19, durante sessão plenária do Senado Federal, o petebista teceu desaprovações ao governo de Pernambuco e indagou o motivo pelo qual "empreendimentos essenciais" para o Estado, como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-­232 entre São Caetano e Sertânia, não estão sendo priorizados na PPI. "Como explicar a ausência de Pernambuco no programa de concessões do governo federal e uma queda tão significativa na dotação dos recursos orçamentários, para R$ 252 milhões, quando o governo do Estado e sua base parlamentar federal apoiaram e atuaram ativamente no impeachment? É estranha a exclusão de projetos estratégicos para Pernambuco no PPI quando estes projetos já integravam o programa de concessões do governo anterior", disse.

O Petebista ainda referenciou os ministros pernambucanos Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação), Fernando Filho (Minas e Energia) e Raul Jungmann (Defesa), afirmando ter certeza que eles ajudariam o Estado, caso fossem notificados, e condenou a "terceirização" aos quatro ministros, "que têm atuação destacada em favor de Pernambuco", a responsabilidade pela ausência do PPI. "O governador não teve a capacidade mínima de articulação com os quatro ministros de Pernambuco."

Em resposta às críticas de Armando, o deputado federal Danilo Cabral disse que o senador perdeu a oportunidade de ficar calado. "Armando não tem autoridade política para falar do governo. Foi um ministro omisso quanto aos interesses do Estado e atuou como integrante da tropa de choque do pior governo da história do Brasil. Um governo que parou o País e levou ao desemprego milhões de pernambucanos", disse. 

O Deputado aliado de Câmara ainda afirmou que Armando sumiu do Estado desde a "acachapante derrota imposta por Paulo Câmara" nas eleições de 2014. "O que trouxe para Pernambuco como ministro do Desenvolvimento? Auto-exilou-­se em Brasília. Como prêmio de consolação, ganhou do PT o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No seu melhor estilo de político retrógrado, da velha política, só aparece em tempo de eleição." Armando tem ensaiado uma volta à disputa das eleições para governador em 2018, apesar de evitar se colocar como líder da oposição em Pernambuco e afirmar que a discussão é "precoce". (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)

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