terça-feira, 11 de outubro de 2016

NESTA TERÇA: Grupos pró-vaquejada realizam atos em Garanhuns, Caruaru, Carpina, Cachoeirinha e no Recife


A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar uma lei do Ceará que regulamentava a realização de vaquejadas no Estado ainda está gerando polêmica. Receosos que a resolução seja aplicada também em Pernambuco, um grupo de apoiadores da prática promete protestos em várias cidades nesta terça-feira, dia 11, inclusive aqui em Garanhuns.

Aqui em Garanhuns, um grupo se reunirá no Parque de Exposições de Animais, localizado no bairro Aloísio Pinto, a partir das 14h. De lá, vestidos de camisas brancas, partirão numa cavalgada por diversas ruas da Cidade. Trata-se da Caminhada a favor da Vaquejada Legal. “Mostraremos a população, que na Vaquejada Legal não existem maus tratos aos animais e a indústria de empregos que é a Vaquejada. São mais de 720 mil empregos diretos e indiretos”, registra trecho da convocação do ato que vem sendo disseminado pelos grupos no WhatsApp. Também há protestos agendados em municípios como Caruaru, Carpina, Cachoeirinha e no Recife.

"Nossa ideia com esse protesto é esclarecer para a população o que é a vaquejada, pois estamos vendo que para muitas pessoas o conceito desse esporte está deturpado. É preciso que todos saibam que, caso a vaquejada venha a ser proibida no futuro, milhares de pessoas ficarão sem emprego. Esperamos que o governador Paulo Câmara se posicione sobre o assunto", explicou Sílvio Valença Filho, presidente da Associação de Criadores de Quarto de Milha em Pernambuco (ACQM-PE).

Ainda segundo Valença, entre os organizadores de vaquejadas já existe a preocupação com o bem-estar animal. A posição é diferente da do STF, que considerou que a prática fere princípios constitucionais por impor sofrimento aos animais. "Os organizadores de vaquejadas de todo o Estado assinaram um termo de cooperação com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e já cuidam para que os animais que participam destes eventos não passem por nenhum tipo de sofrimento", disse.

"Em 2009 levantamos que as vaquejadas em Pernambuco geram cerca de 120 mil empregos diretos e 600 mil indiretos. Se a decisão do STF chegar aqui todo esse setor vai sentir isso. A economia de Cachoeirinha, por exemplo, gira em torno da vaquejada. Lá tem muitas fábricas de sela, arreio e tudo será prejudicado", comentou o presidente da ACQM-PE.