domingo, 26 de março de 2017

PERNAMBUCO EM AÇÃO: Paulo Câmara presta Contas e encara Protesto em Arcoverde


O governador Paulo Câmara encerrou a primeira etapa do Pernambuco em Ação ontem, dia 25, com uma plenária em Arcoverde e a inauguração de uma Escola Técnica Estadual em Buíque, ambas cidades do Sertão do Moxotó. O evento de prestação de contas seguiu os moldes das etapas de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, Petrolândia, no Sertão do Moxotó, com discursos feitos sob medida para destacar as realizações da atual gestão. No entanto, ao contrário do que ocorreu na quinta e na sexta-­feira, o evento foi marcado por uma pequeno protesto, encabeçado por estudantes da Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) de Arcoverde.

Um grupo de alunos de Odontologia da UPE se postou diante da mesa de autoridades com uma faixa pedindo melhorias na universidade, mas logo foi retirado da quadra onde o Pernambuco em Ação estava sendo realizado. Fora do recinto, os estudantes conversaram com o secretário de Administração, Milton Coelho, o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, o chefe de gabinete do governador, João Campos, e o reitor da UPE, Pedro Falcão. Apesar de o Pernambuco em Ação contar com um espaço para que moradores da região façam intervenções, nenhum dos estudantes discursou. As pessoas escolhidas para falar no palanque, a maior parte integrante de movimentos sociais ligados à luta por moradia popular, só fizeram declarações positivas para o governo.

Longe do palco, Allan Martins, do 8º período de Odontologia da UPE, cobrou do Governador e entregou uma carta dos estudantes a Paulo Câmara. “Detalhamos a nossa situação de dificuldade. Até agora, a gente não conseguiu iniciar esse período e o primeiro semestre de 2017 está parado. A gente está sem condições de funcionamento porque não tem a estrutura mínima para a gente fazer as práticas, tanto clínicas quanto laboratoriais. A gente mudou de um prédio provisório para um definitivo, que não está ainda totalmente pronto. A previsão é que seja entregue em abril, com o atraso na compra dos equipamentos e nos processos de licitação para essas compras, a gente não tem previsão para voltar às aulas ainda este semestre”, disse.

Cobrado pelos alunos, o Governador agendou um encontro para as 11h desta quinta-­feira no Palácio do Campo das Princesas e direcionou a pressão para o Reitor da UPE. “Vamos resolver este problema, não, é professor?”, disse. A reunião terá a presença de integrantes da Casa Civil. Por sua vez, o Reitor afirmou que as pendências estão perto de serem resolvidas. “A empresa entregou o prédio (definitivo do campus) no final de fevereiro. Então, todos os equipamentos dos laboratórios foram instalados. A gente está dependendo para inaugurar o prédio que seja resolvida a questão do orçamento este ano, que é uma reunião de pactuação que acontece com todos os órgãos do Estado. Esta reunião está marcada para esta semana. A reitoria da UPE não está com nenhuma preocupação em relação aos inícios das aulas. É uma questão de momento para que a gente faça essa reunião de pactuação, todo o processo licitatório para os ar condicionados para abrir a clínica”, disse Falcão.

PRESTAÇÃO DE CONTAS - No encerramento da primeira rodada do Pernambuco em Ação, o governador Paulo Câmara realizou um balanço dos investimentos no Sertão do Estado. Ao todo, foram liberados R$ 123 milhões para as Regiões do Pajeú, Itaparica e Moxotó direcionados para as áreas sócio-econômicas. No último dia, o chefe do executivo anunciou R$ 25 milhões de investimentos em Recursos Hídricos, Educação, Habitação, Agricultura Familiar e Infraestrutura no Moxotó. O grande anúncio foi a autorização para início das obras e serviços de implantação do Sistema Adutor do Moxotó, com aporte de R$ 8,5 milhões do Governo do Estado.

OPOSIÇÃO - E diante do Pernambuco em Ação, a oposição à gestão socialista vai fazer o ‘Pernambuco sem ação’. Enquanto o Governador está viajando o Estado para justificar o que não foi feito até agora e “repactuar” projetos, os opositores querem mostrar a “verdade”. Questionado nesta sexta-feira, dia 24, sobre o assunto, Paulo Câmara rebateu: “Eu estou fazendo o meu trabalho, governando Pernambuco”, arrematou.

O socialista admitiu dificuldades e voltou a reconhecer que não vai conseguir cumprir a promessa da campanha de 2014 de dobrar os salários dos professores. “Evidentemente que dobrar não dá”, disse. “Meu desejo é que dobre. Os professores precisam ganhar cada vez mais.” Para tentar compensar, Paulo Câmara afirmou que vai criar premiações para quem ensina em escolas que atingem as metas no Estado. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)