Os candidatos aprovados no concurso das polícias Civil e Científica
passarão por um novo teste psicotécnico. A decisão, divulgada na última
segunda-feira, dia 13, foi tomada após uma recomendação da Promotoria de
Justiça de Defesa de Cidadania da Capital para que essa fase da avaliação fosse
anulada, devido a rasuras nos cadernos.
Aprovados se manifestaram contra a medida, defendendo a subjetividade
dos testes psicotécnicos e o fato de que os cadernos são reutilizados e que os
candidatos são orientados a solicitar uma troca de caderno caso esteja
rasurado. Eles afirmam que entrarão em contato com a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB-PE) em busca de apoio jurídico para pedir que o Ministério Público
de Pernambuco (MPPE) revogue a decisão. Um novo cronograma deverá ser definido
nessa quinta-feira, dia 16.
Em sua recomendação, assinada pela promotora de Justiça Andrea Fernandes
Nunes Padilha, o MPPE considerou as denúncias, por parte de diversos
candidatos, acerca de irregularidades na avaliação psicológica realizada no dia
23 de outubro de 2016, “relativas ao recebimento, por parte de alguns dos
concorrentes, de cadernos de exames já preenchidos com as respostas das
questões”. No documento, o Órgão considera, ainda, que a empresa responsável
pelo concurso, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção
de Eventos (Cebraspe), admite textualmente que em seis das salas onde foram
aplicadas as provas da avaliação psicológica, houve o incidente relatado na
denúncia, com alguns candidatos atingidos em cada uma dessas salas, o que já
afetaria a isonomia entre os candidatos na avaliação. A media anula a prova de
avaliação psicológica e, com isso, todos os resultados e provas realizados
posteriormente e solicita uma nova avaliação com custos bancados pelo Cebraspe.
(Com informações da Folha de
Pernambuco. CONFIRA)