Um dos homens mais procurados
em Pernambuco e suspeito de ter encomendado a morte do promotor de Itaíba,
Thiago Faria Soares, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa revelou que
votou nos dois turnos das eleições, nos últimos dias 5 e 26, confirmando a
informação repassada por um funcionário dele. Zé Maria, como é mais conhecido,
entregou-se à Polícia Federal na noite de ontem, após ter passado um ano e 14
dias foragido. Às 18h18min, o carro que o conduzia no banco do carona
atravessou o portão da sede da PF, no Bairro do Recife, onde jornalistas já o
esperavam. Agora, ele ficará detido no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e
Lima. Zé Maria foi preso no mês em que completou 55 anos. Thiago Faria foi
executado com quatro tiros de calibre 12 no rosto e pescoço, no dia 14 de
outubro de 2013.
Acompanhado da mulher, Jandira
Ubirajara, do advogado e dois funcionários, ele falou por dois minutos e 40
segundos com a imprensa, antes de prestar depoimento. Negou ter sido o mandante
do crime e explicou os motivos que o levaram a se apresentar. "Isso era
para ter acontecido bem antes. Mas a Polícia Civil nunca quis me ouvir. O
delegado da Polícia Federal, na hora que chegou em Águas Belas, procurou meus advogados.
Então, eu estou me apresentando para contribuir com as investigações",
contou. Depois de ser ouvido por policiais federais, Zé Maria seguiu para o
Instituto de Medicina Legal (IML), também na área central do Recife, onde foi
submetido a exame de corpo de delito, antes de ser encaminhado ao Cotel.
O fazendeiro pernoitou em uma
área reservada no Cotel, após acordo entre a PF e a Secretaria de Defesa Social
(SDS). É lá que Zé Maria vai passar os próximos 30 dias, período de validade do
mandado de prisão temporária. O delegado responsável pelo caso pode pedir a
renovação da detenção por mais 30 dias, se achar necessário. Logo após a
execução do promotor de Itaíba, o Disque-Denúncia divulgou recompensa de R$ 10
mil para quem tivesse alguma informação que ajudasse a polícia a encontrar Zé
Maria. Os cartazes espalhados traziam impressa uma foto do fazendeiro para
ajudar na identificação. Na noite de ontem, o suspeito da morte de Thiago Faria
apareceu com o cabelo mais escuro. Ele pintou os fios para dificultar o reconhecimento.
Antes da PF assumir o caso por
decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o assassinato do promotor de
Itaíba era investigado por delegados da Polícia Civil e promotores do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público
de Pernambuco (MPPE).
A principal linha de investigação apontava Zé Maria como mandante do crime. Ele estaria inconformado por ter sido obrigado a deixar a Fazenda Nova, adquirida em leilão por Mysheva Martins, noiva de Thiago Faria, com quem se casaria no dia 1º de novembro. A disputa judicial pelas terras começou antes mesmo de a vítima assumir o cargo de promotor. Mas Zé Maria teria creditado a imissão de posse concedida pela Justiça ao conhecimento jurídico e influência do promotor. (Com informações do Jornal do Commercio – Edição de 29/10/2014 - Imagem: G1/Pernmabuco)
A principal linha de investigação apontava Zé Maria como mandante do crime. Ele estaria inconformado por ter sido obrigado a deixar a Fazenda Nova, adquirida em leilão por Mysheva Martins, noiva de Thiago Faria, com quem se casaria no dia 1º de novembro. A disputa judicial pelas terras começou antes mesmo de a vítima assumir o cargo de promotor. Mas Zé Maria teria creditado a imissão de posse concedida pela Justiça ao conhecimento jurídico e influência do promotor. (Com informações do Jornal do Commercio – Edição de 29/10/2014 - Imagem: G1/Pernmabuco)