A crise econômica
vem sedo usada como justificativa pelos gestores públicos para cortes na
máquina pública. O prefeito de Moreno, Dilsinho Gomes (PSB), resolveu mexer no
próprio salário e enviou um requerimento à Câmara Municipal nessa
segunda-feira, dia 6, propondo a redução de 12,7% nos seus vencimentos. A
diminuição também valerá para os secretários municipais, controlador e
procurador.
Haverá redução
salarial para outras categorias. Os secretários-executivos, assessores
extraordinários e chefes de gabinete terão um corte de 12%. Já os cargos de
gerente, assessores especiais e de ouvidor terão salários 6,9% menores. Os
demais cargos da administração municipal não sofreram mudança nos vencimentos.
“A gente precisa
adequar as finanças do município à realidade do País. Com essa variação na
economia, somos prejudicados porque a inflação voltou e as despesas estão
crescendo assustadoramente. As contas não fecham e temos que cortar na própria
carne”, falou Dilsinho.
Atualmente, a
composição da folha de pagamento da Prefeitura de Moreno é de 76,5% para
efetivos, 12,2% para comissionados e 11,3% para contratados. “Com os cortes no
salário, teremos uma redução de 10% na folha de pagamento”, apontou o Prefeito,
que fez coro ao que o governador Paulo Câmara (PSB) vem dizendo e pediu um novo
pacto federativo. “Os municípios têm uma dependência enorme do governo
federal”, completou.
Além da proposta de redução salarial, o Prefeito enviou um projeto de lei complementar oficializando a redução das secretarias municipais de 10 para oito. “Já houve a fusão, mas oficializamos as novas nomenclaturas”, disse.
Além da proposta de redução salarial, o Prefeito enviou um projeto de lei complementar oficializando a redução das secretarias municipais de 10 para oito. “Já houve a fusão, mas oficializamos as novas nomenclaturas”, disse.
GOVERNO CRIA PLANO PARA REDUZIR JORNADA E SALÁRIO CONTRA DESEMPREGO -
Diante de um cenário de desaceleração
da economia e demissões - mais de 240 mil vagas de trabalho foram encerradas
neste ano-, a presidente Dilma Rousseff definiu nessa segunda-feira, dia 6, a
criação de um programa para preservar o emprego no País.
O chamado Programa de Proteção ao Emprego prevê a redução em até 30% da
jornada de trabalho, com redução proporcional de salários dos trabalhadores em
períodos de crise, por no máximo um ano.
O programa, cuja vigência terá início nesta terça (7), com a publicação
de medida provisória, foi resultado de negociação das centrais sindicais,
indústria e o Planalto. A proposta do Planalto é de complementar metade da redução da renda do
trabalhador com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), totalizando
ao empregado uma perda mínima de 15% do seu salário.
A ideia é que as empresas, principalmente de setores críticos como a
indústria, evitem demissões, poupando o governo de pagar mais seguro-desemprego
e de perder arrecadação das contribuições sociais e tributos.
CUSTO - O programa terá vigência até o fim de 2016.
Para Miguel Rossetto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, os gastos
com o programa superam os desembolsos que o governo teria com
seguro-desemprego. "É mais inteligente usarmos recursos públicos para
mantermos emprego do que financiarmos o desemprego", afirmou Rossetto.
Uma empresa só poderá lançar mão do programa em caso de crise econômica
cíclica ou sistêmica, que deve ser comprovada pela empresa ao sindicato da
categoria e ao governo federal. Esse problema econômico não pode ser motivado
por má gestão.
As empresas que aderirem ao programa não poderão dispensar os
empregados que tiveram sua jornada reduzida enquanto vigorar o regime
diferenciado de trabalho. No fim do programa, o trabalhador não poderá ser
demitido por prazo equivalente a um terço do período de adesão.
Um comitê interministerial definirá nos próximos 15 dias os indicadores
econômicos e financeiros para o enquadramento dos setores e empresas no
programa. A redução só será aceita se houver acordo entre sindicato e empresa. (Com informações do JC
On-line)