O Concurso Público da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do
Ipojuca (Amttrans) foi totalmente anulado devido à descoberta de fraude.
De acordo com a Prefeitura do Município, “não haverá nomeações” em
nenhuma das funções. O motivo da anulação foi à descoberta de uma quadrilha que
usava ponto eletrônico para fraudar o processo seletivo. Na Operação Mercador
da Polícia Civil, foi observada a irregularidade apenas entre alguns dos
candidatos a agente de trânsito. Mesmo assim, uma nova seleção ocorrerá em
2016. Segundo o Órgão, “infelizmente, os que fizeram o concurso honestamente,
terão que fazer novamente”.
A Portaria SAD nº 098/2015, de 19 de junho de 2015,
determina a nulidade do Certame, que oferecia 84 vagas para a função. Ainda não
se sabe, contudo, como vai ficar a situação dos candidatos que realizaram de
forma honesta. Os valores das inscrições devem ser devolvidos pelo Governo de
Ipojuca.
OPERAÇÃO - No dia 27 de abril deste ano, a Delegacia de
Crimes Contra Administração e Serviços Públicos (DECASP) anunciou a Operação
Mercador. A delegada Patrícia Domingos foi a responsável pelas investigações da
Operação. Nela, foram indiciados 11 acusados de formarem quadrilha que fraudava
concursos públicos. Entre os acusados, 9 eram servidores públicos de outros Órgãos.
Além dos membros da organização criminosa , há os beneficiários da fraude, ou
seja, os que pagaram para obter o ponto eletrônico no dia da prova objetiva e
também no dia da prova final, que ocorreria após o término no Curso de
Formação. O inquérito policial do caso já foi concluído, mas os acusados ainda
aguardam julgamento da Justiça Estadual.
Os integrantes da
quadrilha vão responder por associação criminosa e fraude contra certames,
cujas penas somadas podem chegar a sete anos de reclusão. Os beneficiados serão
julgados pelo crime de fraude em certames, que prevê quatro anos de detenção,
no máximo.
ESQUEMA - O ponto era comprado por R$ 1.500 ou R$ 2.000. Após a investidura no
cargo, os beneficiados deveriam completar a quantia de R$ 20 mil, paga através
de empréstimo consignado. Os 19 primeiros colocados tiraram a mesma nota. Eles
acertaram todas as questões, com exceção da 18ª, em que marcaram a mesma
alternativa equivocada: a letra “E”. As investigações já duram dois meses. Os
R$20 mil eram cobrados de forma violenta.
QUADRILHA - O líder da quadrilha, o técnico judiciário do
Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) Anderson Lima Ribeiro, 32 anos, não chegou
a ser preso, pois foi assassinado dias antes da deflagração da operação, no dia
14 de abril. A Polícia não sabe ainda se a causa do homicídio tem ligação com o
crime.
Além dele, o
chamado “braço intelectual” da organização criminosa era composto pelos guardas
municipais do Recife, Thiago Vaz de Araújo Silva, 31, e Thiago Augusto Nogueira
Leão, 29. O “braço armado” era liderado pelo agente penitenciário Márcio Manoel
Soares Gomes (conhecido como Márcio Bronca), 37 anos, além do guarda de
Itapissuma, Jonata Zoberto Verçosa de Lima, 31, e do motorista da Prefeitura de
Carpina, Clélio Torres de Paiva Júnior, 30.
Os demais: Brunno Henrique de Sena, 20; Augusto César Nascimento da Silva, 38; Gledson Antônio Bandeira, 27; Elter Leão de Castro, 26; e Jefferson Faustino da Silva, 29, único que permanece foragido da justiça – realizavam aliciamento de compradores e cobranças. Luiz Alex de Oliveira Cavalcanti, 25, foi preso, porém não tem ligação com a quadrilha. Ele, que ficou em 102º lugar no certame, se entregou à Polícia e apresentou dois cadernos de prova, um deles foi comprado por R$ 5 mil. Ele era porteiro da Universidade de Pernambuco (UPE). (Com informações da Folha de Pernambuco)
Os demais: Brunno Henrique de Sena, 20; Augusto César Nascimento da Silva, 38; Gledson Antônio Bandeira, 27; Elter Leão de Castro, 26; e Jefferson Faustino da Silva, 29, único que permanece foragido da justiça – realizavam aliciamento de compradores e cobranças. Luiz Alex de Oliveira Cavalcanti, 25, foi preso, porém não tem ligação com a quadrilha. Ele, que ficou em 102º lugar no certame, se entregou à Polícia e apresentou dois cadernos de prova, um deles foi comprado por R$ 5 mil. Ele era porteiro da Universidade de Pernambuco (UPE). (Com informações da Folha de Pernambuco)