sábado, 6 de abril de 2013

Número de comissionados é tabu na Assembleia Legislativa de Pernambuco



Essa foi destaque no Blog do Magno:

“Exceto a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), que insiste em manter sob sigilo o número exato de funcionários comissionados na Casa – que em sua totalidade passaram a receber o auxílio-saúde de R$ 495,00 mensais desde o último dia 1º –, parlamentares consultados pelo Jornal do Commercio revelaram que nem eles próprios sabem informar sobre o quantitativo.

Na condição de anonimato, para evitar mal-estar na Casa, defenderam a “transparência” no Legislativo – com a divulgação do número de comissionados e do montante integral que será gasto com a extensão do auxílio-saúde dos efetivos e aposentados para todos os comissionados –, mas confessam desconhecer os dois dados. “Não divulgam, talvez, porque são muitos. Isso constrange. A gente sabe a estrutura de gabinete, mas a suplementar não conhecemos”, confessou um dos parlamentares.

O desconhecimento é geral: governista e oposicionista coincidem. “Eu não sei porque as pessoas responsáveis pela Casa não querem dispor isso. Por mim, não tem problema. Não sei quantos são, nunca conversei sobre o assunto”, lamenta outro graduado governista. “Eu não sei. Já sou perseguido por ser oposição, não vou arrumar mais briga. Não vejo problema em divulgar, mas Uchoa [Guilherme, presidente] (foto), nunca discutiu isso com toda a Casa. Ele manda demais”, lamentou um adversário.

A relação é desproporcional. A ALEPE conta com 180 servidores efetivos, enquanto nos cargos comissionados o cálculo estimativo é que o total seja superior a 1.370 funcionários nomeados pelos deputados. “Defendo que a Assembleia deveria dar publicidade a todos os seus atos. O sentimento da maioria da Casa é encarar isso de forma mais transparente”, pondera outro governista, reforçando que fala sob anonimato”.