“Os servidores podem ter certeza de que o trabalho do governo de
Pernambuco é para manter em dia o pagamento dos salários”, assim, o governador
Paulo Câmara (PSB) respondeu nesta quarta-feira, dia 6, aos rumores de que em
dois meses o Estado poderia atrasar ou parcelar a liberação de salário dos
trabalhadores. Segundo ele, até o final do mês estará definido o calendário
cobrado por sindicalistas.
É que no início do ano, o Estado só divulgou a programação do primeiro
quadrimestre, gerando desconfianças na classe, que foram reforçadas neste mês
de abril com boatos de que em vez de remunerar o pessoal a partir do 5º dia do
ano, o governo optaria, em junho, pelo dia 15.
Nesta sexta-feira, dia 8, haverá reunião da Mesa de Negociação do
Governo com sindicalistas. Lideranças das diferentes categorias pretendem, mais
uma vez cobrar a nova tabela. “Se o Governo atrasar os salários, haverá mais
insatisfação entre os professores”, afirmou esta semana Fernando Melo,
presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sintepe). Os educadores
aguardam desde janeiro a correção do piso salarial e entregaram pauta de
reivindicação ao Governo. Fazem paralisação de 24 horas no dia 13. Funcionários
do Detran já estão em greve.
O Governador alegou o ambiente confuso do Brasil como motivo para não
liberar o calendário inteiro. Diminuição na arrecadação gerou cautela com as
finanças, explicam membros do Governo.
DUAS PREFEITURAS SEM FPM - Nenhum centavo. Foi quanto às
prefeituras de Ipojuca, no Grande Recife, e de Rio Formoso, na Mata Sul,
receberam do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) durante todo o mês de
março. Os dois municípios pernambucanos fazem parte de uma lista com cem
cidades de todo o País que tiveram retido todo o FPM no mês passado. Em quase
90% dos casos, o FPM foi descontado para custear o parcelamento de dívidas
previdenciárias.
De acordo com a Confederação
Nacional dos Municípios (CMN), março foi um mês dificil para as Prefeituras. É
que cerca de 1,4 mil municípios tiveram algum tipo de retenção no valor do FPM.
Em Pernambuco, 20 prefeituras deixaram de receber a primeira parcela do recurso
e 14 não tiveram o valor do segundo pagamento debitado. A previsão da União era
destinar R$ 107 milhões de FPM para os 185 municípios do Estado em março deste
ano. O valor já era 14% inferior aos R$ 124,6 milhões pagos pelo fundo no ano
passado.
Vale destacar que nas cidades
menores é comum o pagamento dos fornecedores e da própria folha salarial dos
servidores está condicionado às três datas do mês (10, 20 e 30) em que os
recursos do fundo caem na conta. O cenário é de desequilíbrio e muitas Prefeituras
aqui do Agreste vem atrasando os salários dos servidores, bem como deixando de honrar
compromissos com fornecedores e prestadores de serviços. (Com informações do Jornal do Commercio)