quinta-feira, 4 de abril de 2019

GARANHUNS: Pacientes sofrem sem Remédios pós-transplante de Rim. Ciclosporina de 100mg não é encontrada em qualquer Farmácia e Custa Caro

 

Pacientes transplantados que dependem do medicamento Ciclosporina de 100mg não estão conseguindo o remédio com regularidade. A droga custa caro e deveria ser fornecida pelo poder público estadual, mas não é isso que vem acontecendo aqui em Garanhuns.

Depois de lutar para conseguir um doador de órgão, passar pela cirurgia e torcer para não ter rejeição, um cidadão de Garanhuns, que pediu reserva em sua identidade por medo de represálias, luta para ter os remédios, que precisa tomar pela vida inteira. Ele fez um transplante de rim há cerca de 3 anos e não pode ficar sem Ciclosporina de 100mg, que é um imunossupressor (remédio específico para evitar que o corpo rejeite o órgão transplantado).

“Esse medicamento de 100mg está em falta na Farmácia de Pernambuco, que funciona aqui em Garanhuns. Durante um bom tempo, a Farmácia do Estado entregou o remédio em dosagem menor, de 50mg, porém a entrega era fracionada e em quantidades menores que às receitadas pelo Médico. Tínhamos que ir até lá várias vezes para pegar o medicamento, agora piorou e desde março não tem o remédio de jeito nenhum, nem também há previsão de quando vai chegar”, garante o Paciente. “A gente fica desesperado porque não sabe onde comprar; como vai comprar? Não temos condições porque são de alto custo”, afirma.

A falta de imunossupressores, como a Ciclosporina de 100mg, pode colocar em risco todo o processo que começou com a doação de órgãos, passou pelo transplante e deu vida a quem estava na beira da morte. “Não adianta todo esforço de quem doa órgão, das equipes de transplante, se não tiver esse medicamento contínuo para todos. Os pacientes ficam inseguros, às vezes reduzem as doses para durar mais, e pode ter a rejeição do órgão”, diz o nefrologista Horário Ramalho.

“Será que vão deixar os pacientes perder o rim transplantado e voltar para a Hemodiálise por conta de um medicamento, que custa R$ 550 e não é encontrado em todas as farmácias?”, indaga o Paciente, que complementa: “o custo para fazer um transplante, para manter um paciente na Hemodiálise é muito maior do que aquele para viabilizar o remédio. Isso é um absurdo!”, desabafou o cidadão ouvido em reserva pelo Blog

O Blog do Carlos Eugênio tentou manter contato com a Secretaria Estadual de Saúde para que se pronunciasse sobre o problema, mas depois de diversas tentativas não obtivemos resposta. O Blog segue a disposição, através do e-mail: ceug2003@yahoo.com.br, para publicar a versão do Governo do Estado sobre a situação relatada na reportagem.