Na economia, as
coisas ainda vão piorar muito antes da melhora. É a avaliação de como será esta
recém-iniciada segunda metade de 2015, quando virá o pleno efeito do desemprego
e da crise. Em meio a toda essa instabilidade e péssimo prognóstico, o prazo
legal das filiações para as eleições de 2016 está se acabando – vai até
setembro, se não mudar na reforma política. O desafio do governador Paulo
Câmara (PSB) até lá é conciliar a ânsia de partidos e políticos com a gestão,
em um momento crítico do País.
É nesse momento
que o estilo de Paulo, de bom ouvinte, ganha força. Porque na gestão e na
esfera política ele tem perfil conciliador, dá atenção aos interlocutores e
estimula soluções construídas. Isso é importante na Frente Popular, onde Paulo
sistematicamente tem atuado distencionando situações, como na relação entre PSB
e PMDB. Contudo, há desafios por todo lado: Petrolina, Garanhuns, Caruaru,
Jaboatão dos Guararapes, Olinda. Pelo porte da Frente, são inevitáveis as
tensões, o que exige ora atuação, ora neutralidade.
Encerrado o
primeiro ciclo de monitoramento da gestão, esta semana, pelos próximos 90 dias
Paulo deve ampliar o espaço na agenda para Prefeitos, que têm suas demandas de
gestão e políticas. Ele já recebeu um grupo, como a prefeita de João Alfredo,
Maria Sebastiana (PTB) e os prefeitos de Cachoeirinha, Carlos Alberto Bezerra
(PSB), e Quixaba, José Nunes (PR). Mas isso vai se intensificar. (Com informações da coluna Pinga Fogo, do
JC, assinada pelo jornalista Giovanni Sandes)