sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Saúde Pública em Garanhuns é alvo do Ministério Público


Para melhorar o atendimento à população de Garanhuns, Agreste do estado, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu uma recomendação para que a diretoria do Hospital Regional Dom Moura adote medidas capazes de sanar os principais problemas. Entre eles estão a falta de médicos fixos, desorganização nas salas de emergência e falta de suporte farmacêutico, laboratorial e de imagens (exames complementares). O hospital tem 180 dias para cumprir com o pedido.


O documento sugere que um Conselho Consultivo seja instalado pela diretoria do Dom Moura,  formado de forma democrática e representativa do conjunto de categorias profissionais da saúde que compõem a equipe do hospital. Servidores com contratos temporários devem ser substituídos por funcionários concursados. A unidade também de providenciar o retorno de todos os profissionais concursados que foram cedidos ou desviados de função. 

A instituição deve, ainda, ampliar, de acordo com a demanda e análise técnica, o quadro de especialidades dos profissionais. O MPPE também recomenda que os serviços de urgência ou emergência recebam um controle de classificação de risco, e que esses serviços ganhem profissionais para os cargos de médico de intercorrência e médico de transporte para remoção com, no mínimo, quatro ambulâncias disponíveis por dia.

Outro ponto que deve ser otimizado, de acordo com o documento, é o preenchimento da escala de serviço, com cuidado especial para cirurgia, pediatria, obstetrícia, traumatologia e uteísta, principalmente nos finais de semana. O hospital deve, ainda, implantar o ponto eletrônico para todos os servidores e cumprir com os procedimentos disciplinares, caso qualquer profissional desacate a escala. A diretoria do Dom Moura também deverá providenciar um sistema de vídeo de monitoramento para segurança.

O MPPE ainda expediu recomendação ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe)  e ao Conselho Regional de Enfermagem do estado (Coren-PE), para os mesmos realizem, dentro das respectivas competências, análises técnicas e fiscalizações na rede de saúde pública integrante da V Geres. 

Já ao município de Garanhuns, a sugestão foi de que, a partir de agora, todas as atas de trabalho das reuniões do Conselho Municipal de Saúde sejam enviadas ao MPPE.

A prefeitura ainda terá que aumentar para 60 o número de equipes do Programa de Saúde da Família, além de substituir os profissionais temporários por servidores concursados. Funcionários cedidos ou desviados de suas funções também devem retornar ao serviço de saúde municipal e o quadro de categorias profissionais da saúde deve ser ampliado de acordo com a demanda e análise técnica. O município também terá 180 dias para cumprir com as demandas. (Com informações do Diário de Pernambuco)