quarta-feira, 29 de abril de 2020

GARANHUNS: Prefeitura reduz Salários de Servidores para Evitar Demissões


Diante do quadro de dificuldades que todos os Municípios Brasileiros atravessam por conta da queda na arrecadação municipal decorrente do estado de calamidade pública instalado com a Pandemia do Novo Coronavírus, praticamente todas as Prefeituras estão adotando medidas de contingenciamento de gastos, sobretudo para garantir o pagamento dos Servidores e seguir trabalhando no enfrentamento aos efeitos gerados pelo COVID-19.

É que com a economia do País parada, a Receita Municipal despencou, já que as Empresas não estão recolhendo o ICMS nem o ISS, muito menos a população está em condições de pagar o IPTU. Além disso, os efeitos da economia paralisada também refletem nos repasses do FPM, que já caíram neste mês de abril e sinalizam queda ainda mais acentuada no próximo mês de Maio.

Aqui em Garanhuns, a Prefeitura decidiu reduzir os vencimentos dos Servidores Municipais para evitar demissões. Foram reduzidos em 30% os salários do Prefeito; do Vice-prefeito; dos Secretários Municipais e dos Cargos Comissionados, com exceção dos servidores lotados nas secretarias de Saúde e Assistência Social, bem como na AMSTT, que estão na linha de enfrentamento ao COVID-19. Também foram reduzidos em 30% o valor dos salários dos servidores contratados que não estão exercendo suas funções regularmente, por conta da Pandemia, e, consequentemente, estão em suas casas aguardando para voltar as suas atividades normais.

Como não poderia ser diferente, a medida não agradou, e surgiram reclamações junto a Imprensa e nas mídias sociais. Diante da repercussão, o Governo Municipal de Garanhuns emitiu a seguinte Nota de Esclarecimento:

“A Prefeitura de Garanhuns esclarece que todos os contratos da municipalidade foram celebrados com o objetivo de atender situações de excepcionalidade, sendo desempenhados em funções temporárias, diante da necessidade e do interesse público. A partir da situação atual, caracterizada pela pandemia do Coronavírus, o Governo Municipal tomou algumas decisões estratégicas de enfrentamento à COVID- 19. Entre elas está a edição do Decreto nº 015/2020, que reconheceu a emergência advinda da pandemia. Entre outras medidas, o Decreto suspendeu as atividades administrativas não essenciais, bem como as aulas da Rede Municipal de Ensino, o que, consequentemente, levaria a suspensão de contratos celebrados com o Município.

Ao contrário das decisões tomadas por outros municípios de Pernambuco, o Governo Municipal, mesmo optando pela suspensão temporária destas atividades, resolveu não rescindir os contratos. Desta forma, foi encaminhado o Projeto de Lei nº 009/2020, ao Poder Legislativo Municipal, o qual possibilitará a manutenção destes contratos, diante da suspensão
das atividades administrativas, aplicando uma redução do percentual dos vencimentos.

No cenário de pandemia, em que alguns servidores não estão desempenhando as funções regularmente, a Gestão optou pelo caminho menos gravoso, possibilitando a manutenção destes contratos. Além de que, diante da redução da arrecadação, poderá haver uma queda de receita de aproximadamente R$ 30.000.000,00, para mais ou menos, conforme calculadora pública; o que levaria consequentemente a rescisão desses contratos.

É importante ressaltar que a manutenção dos contratos é um dos maiores esforços promovidos pela Gestão Municipal, priorizando a garantia dos vencimentos de servidores efetivos, contratados e comissionados da municipalidade. Inclusive, estipulando como menor valor a ser recebido, o mesmo estabelecido no auxílio emergencial prestado pelo Governo Federal (RS 600,00).

Ainda buscando evitar a suspensão dos contratos, e possibilitando a manutenção das rendas, foi determinada a redução do mesmo percentual para todos os servidores comissionados e de cargos de confiança. Tal medida, além de possibilitar a manutenção dos contratos, também busca não gerar desemprego, direcionando o uso de todos recursos para o combate à pandemia de COVID-19 no âmbito municipal”.