Essa é destaque na Coluna Pinga –Fogo, do JC, de 12/09/2013:
“Armando Monteiro está pronto para a
briga. Permanece firme em seu projeto de disputar a cadeira principal do
Palácio do Campo das Princesas em 2014. Apesar do assédio do Palácio a suas
bases, não abre nem para um trem. Sabe que a hora é essa. Afinal, só concluirá
o seu mandato de senador em 2018. Ou seja, se perder a disputa, continuará na
vitrine. Além do mais, não enfrentará uma campanha de reeleição, que sempre é
mais difícil. Muito pelo contrário, Eduardo Campos deve deixar o cargo para
entrar na corrida presidencial ou concorrer ao Senado. Com isso, dividirá,
necessariamente, as atenções entre a sua própria eleição e a de seu sucessor.
Mesmo sangrando com os ataques do
PSB para esvaziar o seu palanque, Armando luta contra o isolamento, costurando,
por exemplo, uma aliança com o PT. Esse pacto está se firmando em função da
movimentação do presidenciável, que dá sinais de que enfrentará Dilma Rousseff
nas urnas. O PTB está construindo um palanque de oposição, a partir da
independência de Armando diante da força do Palácio. Além do PT, ele atrai
outras forças que se opõem à hegemonia do PSB, mas que estão em silêncio por
temer represálias.
Como Eduardo está concluindo um ciclo, por mais
que eleja o sucessor, a tendência é de uma rearrumação das forças políticas da
Frente Popular. Todos estão de olho na nova fase: a do pós-Eduardo. Armando
investe na perspectiva do aliado que se descolou e não é submisso. Quem viver,
verá”.