Essa foi destaque na Coluna Pinga-Fogo do JC de 27/09/2013:
“É pura coincidência - O grito de alforria do PTB ainda
não foi dado, mas a distancia entre Armando Monteiro e Eduardo Campos está cada
vez maior. Aos poucos, o senador vai construindo o seu caminho para deixar a
base de apoio do Palácio do Campo das Princesas. Ontem, Armando revelou que não
lembra quando conversou com Eduardo pela última vez. Aliás, o clima entre os
dois não está nada amigável desde que o senador decidiu disputar o governo em
2014, sem o aval de Eduardo.
O PSB tem entrado com tudo nas bases do PTB para cooptar
os aliados de Armando. Não foi à toa que ontem o senador, sempre contido,
encerrou o discurso, para mais de 500 pessoas, na reunião do Gere, com um
desabafo. Para surpresa de deputados, prefeitos e vereadores presentes, deu um
papo reto para o PSB: reivindicou liberdade para se expressar sem
patrulhamento. Isso porque a reação do Palácio às declarações de Armando dos
últimos dias foi dura: pressão intensa para minar o palanque que o senador
tenta construir.
O PSB não gostou quando Armando disse que o
Estado não é o paraíso que o Palácio canta em prosa e verso por aí. Para se ter
uma ideia da tática de guerrilha do governo, um exemplo é o caso do prefeito de
Camaragibe, Jorge Alexandre. Ele virou o novo queridinho por apoiar o projeto
de Armando. Eduardo foi lá anunciar a reforma do mercado público e o PSB
arquivou denúncias apresentadas contra ele no TRE. Ah, mas tudo isso deve ser
apenas coincidência”.