Essa foi destaque
no Blog de Maurício Stycer, no UOL:
“Exibida no programa de segunda-feira (25), a entrevista
do “CQC” com José Genoíno (PT-SP), feita por meio de um ator-mirim que mentiu e
enganou o deputado (foto), teve péssima repercussão, inclusive entre jornalistas da
própria Band e na Cuatro Cabezas, a produtora do programa.
Procurada pelo blog, a emissora não viu qualquer problema
ético na entrevista. Para a Band, o “CQC” é um programa de humor e como tal
“corre o risco de desagradar algumas pessoas”.
Sem conseguir falar com Genoíno, o “CQC” levou de São
Paulo para Brasília o menino João Pedro Carvalho e seu pai, Ricardo, com a
função de bater à porta do gabinete. Com a biografia do deputado em mãos, João
se disse fã dele e pediu um autógrafo. O pai disse ao deputado que era petista
e, com uma câmara, filmou a troca de palavras.
O recurso a uma mentira para obter algumas palavras do
deputado pegou muito mal dentro do jornalismo da Band. A emissora chegou a
hesitar se levaria ao ar a “entrevista”. No ano passado, Ronald Rios conseguiu
entrevistar a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) se fazendo passar por repórter
de um canal universitário, mas a Band não permitiu que a reportagem fosse ao
ar.
Proibidos de entrar no Senado, os repórteres do “CQC”
foram autorizados a voltar à Câmara este ano. Dentro da produtora Cuatro
Cabezas, a entrevista com Genoíno obtida mediante uma mentira é vista por
alguns como um “tiro no pé” do programa. Pode abrir caminho para uma nova
proibição.