segunda-feira, 18 de março de 2013

Primos de Lula só votam em Eduardo se petista apoiar



Essa foi destaque na Folha de São Paulo (Daniel Carvalho):

“Familiares de Lula em Caetés, cidade natal dele no agreste de Pernambuco, dizem que só votariam em Eduardo Campos (PSB) na disputa nacional caso o governador do Estado tenha o apoio do petista -- o que é improvável no atual cenário político. 'Se ele tiver um apoio de Lula, pode até chegar lá. Se disputar com Dilma, perde bonitão. Onde Lula botar a mão, é eleito', diz Antônio de Melo (foto), 64, o 'Tonho, primo de Lula', como é chamado. Provável candidato ao Planalto, Eduardo tem quase 90% de aprovação no Estado.

'Acho que ele está no direito dele, mas está dando um passo muito adiantado. Devia esperar mais', diz Antônio, enquanto tritura cana e maniva (caule do pé de mandioca) para dar às suas cinco vacas, com biscoito velho e mofado. Em Caetés estão 3 de 12 primos legítimos do ex-presidente, filhos de Sérgio Ferreira de Melo, irmão de dona Lindu, mãe de Lula.

Numa eventual eleição com Dilma e Campos, a disputa promete ser acirrada. No segundo turno de 2010, ela teve 9.562 votos na cidade, ante 1.889 do tucano José Serra. Já o governador se reelegeu no primeiro turno com 80% dos votos de Caetés.

''PARA MIM FOI PÉSSIMO'' -  Para 'Tonho primo de Lula', o governo Dilma merece, por enquanto, nota 8 -- já o ex-presidente leva 10. 'Ela ainda não fez tudo o quanto precisa. Pelo menos no Nordeste'. O irmão de Antônio, Gilberto, 65, defende Dilma.

'Estou achando Dilma melhor que Lula. Tem mais pulso. Até tirar ministro ladrão, safado, tem feito mais'. Para a prima Lindinalva, 63, o candidato, para merecer seu voto, 'tem que ser bom e ter apoio de Lula'. Antônio, porém, não poupa críticas ao ex-presidente.

'Ele [Lula] foi bom governante para a nação. Mas, para mim, foi péssimo.'

Em 2005, o agricultor entregou pessoalmente a Lula uma carta pedindo ajuda para comprar um carro novo, pois seu Chevette havia sido roubado. Antônio não gostou da resposta. Além de negar o pedido, veio em formato padrão da Diretoria de Documentação Histórica da Presidência”.