Essa foi destaque
no Blog de Ricardo Kotscho:
“Quilômetros de distância separam cada vez mais a
presidente Dilma Rousseff dos seus prováveis concorrentes, que continuam
comendo poeira na estrada da sucessão, como mostram as novas pesquisas do
Datafolha e do Ibope divulgadas nesta sexta-feira. No Datafolha, Dilma abriu 42
pontos de vantagem (58% a 16%) sobre sua principal competidora, a ex-senadora
Marina Silva (sem partido, em busca da formação da Rede para poder ser
candidata). Dilma subiu quatro pontos em relação à pesquisa de dezembro e
Marina caiu dois, assim como o terceiro colocado, o senador tucano Aécio Neves,
que desceu de 12% para 10%.
Apesar de toda sua exposição na mídia nestes três meses
que separam uma pesquisa da outra, o governador pernambucano Eduardo Campos
continua com um dígito: subiu de 4% para 6%.
No Ibope, a vantagem de Dilma é ainda maior. Somando os
eleitores que votarão nela com certeza mais os que podem votar na presidente,
seu potencial de votos atinge 76%, contra 20% que não votariam nela de jeito
nenhum, um saldo positivo de 56%, praticamente o mesmo índice apontado pelo
Datafolha.
Marina fica zerada no saldo de votos, com potencial de
40%, os mesmos 40% que não votariam nela de jeito nenhum.
Aécio e Campos ficam com saldo negativo no Ibope. O
tucano tem 36% de rejeição e um potencial 25%, somando os que votariam nele com
certeza e os que poderiam votar, saldo negativo de 11%.
São números bem próximos aos de Eduardo Campos: 25% de
potencial de votos e 35% de rejeição, saldo negativo de 10%.
Quer dizer que está tudo decidido e a reeleição de Dilma
são favas contadas? Calma lá: no nosso Brasil velho de guerra, em um ano e
meio, tempo que falta para irmos às urnas, tudo pode mudar, dependendo dos
humores da economia, das alianças e da propaganda na televisão.
Basta pegarmos o que aconteceu na última eleição
presidencial. Em 2010, a esta altura da campanha, o tucano José Sera tinha 41%
no Datafolha, e Dilma vinha em segundo lugar, com 11%. No final, como sabemos,
Dilma deu uma lavada em Serra no segundo turno.
Nas atuais condições de tempo e temperatura, porém, os
candidatos de oposição vão ter que penar e produzir algum milagre para reverter
o cenário amplamente favorável à atual presidente.
Em tempo:
Ainda que, por algum acaso do destino, Dilma desista de
ser candidata à reeleição, seus adversários não devem se animar.
A mesma pesquisa Datafolha mostra que, colocando o
ex-presidente Lula no lugar de Dilma, a vantagem do PT seria ainda maior.
Em dois outros cenários pesquisados pelo Datafolha, Lula
teria de 58% a 60% dos votos.
Curioso é que nenhum dos veículos da grande mídia tenha
destacado este detalhe. O jornal "O Globo" escondeu o resultado das
pesquisas numa discreta nota na página 9, sem chamada na capa, e muito menos
sem fazer qualquer referência à intenção de votos em Lula.