sexta-feira, 15 de março de 2013

Izaías e o desafio de criar novos Equipamentos Esportivos



Recentemente recebemos e-mail de um desportista do bairro do Magano, em Garanhuns, que chamava a atenção quanto à falta de sensibilidade por parte de comerciantes e proprietários de oficinas localizadas nas imediações do único campo de futebol da localidade. O espaço fica exatamente defronte ao Executive Motel. 

No Comunicado, o Desportista denunciava o depósito indevido de lixo e metralhas no espaço, bem como o fato de caminhões estarem estacionados ou fazendo manobras no espaço destinado a prática desportiva.  

O problema vivenciado no Magano nos remete a uma reflexão maior: a falta de equipamentos esportivos em Garanhuns. A Cidade não possui um Estádio Municipal e os terrenos usados como campos de pelada são de particulares ou de instituições não-governamentais. Some-se a esse quadro, o fato de que, a cada dia, a especulação imobiliária extingue esses espaços para a prática desportiva nos bairros periféricos. No mês de dezembro passado, a Prefeitura iniciou as obras de construção de duas creches na Cidade, e para tanto, utilizou terrenos na Cohab 2 e em Manoel Chéu, que antes serviam como campo de futebol para aquelas comunidades. Resultado: mesmo sendo obras imprescindíveis, os desportistas ficaram sem espaço. 

Os esportes coletivos, praticados em ginásios também sofrem. A maioria desses espaços em Garanhuns pertence a Colégios Particulares e ao SESC. Os espaços públicos se resumem as quadras do Parque Euclides Dourado; a quadra do Colégio Municipal (foto - cujas obras de reforma foram paralisadas em setembro de 2012 por falta de resursos) e ao ginásio das Casas Populares, na Cohab 3, além da quadra da Escola Municipal Monsenhor Tarcísio Falcão, localizada no bairro do Magano. O Ginásio da Escola Miguel Arraes nunca foi utilizado pelos desportistas por problemas estruturais em seu piso.   

A Prefeitura iniciou na segunda gestão de Luiz Carlos a construção de uma quadra no distrito de São Pedro e nos anos de 2010 e 2011, respectivamente, foram iniciadas as obras de construção de quadras na comunidade Quilombola do Castainho e no distrito de Iratama. Por problemas nos projetos e pela falta de liberação dos recursos junto a Caixa Econômica as obras não avançaram. Mesmo motivo vivenciado com o Complexo Poliesportivo do CSU, localizado ao lado do estádio do Sete de Setembro e que sequer saiu do chão. 

Informações indicam a existência de recursos federais para construção de novas quadras poliesportivas, que beneficiarão os alunos das Escolas Municipais: São Camilo (Cohab 1); Ranser Alexandre (Magano); Jaime Luna (Cohab 3) e Letácio Brito (Boa Vista). As licitações para estas obras devem ser desencadeadas nos próximos dias. 

Seja pela burocracia ou pela falta de investimentos no Setor, o fato é que o Prefeito Izaías Régis (PTB) tem um desafio muito grande para equilibrar o jogo em favor dos esportes locais. Ele têm a missão de destravar recursos, concluir obras e construir novos espaços. 
Se a Gestão de Luiz Carlos foi marcada pelos, inegáveis, bons resultados dos nossos atletas nos campos, nas quadras, nas ruas e nos tatames, o Governo de Izaías poderá ser eternizado como aquele que trouxe as condições estruturais para que novos talentos pudessem surgir. Acredito nessa possibilidade. Garanhuns e os esportes agradecem. 

OPINIÃO – Sei que parece incoerência por parte de alguém que chefiou a pasta de esportes do Município por três anos falar em deficiências. O fato é que a falta de investimentos na viabilidade de novos equipamentos esportivos em Garanhuns tem bem mais tempo. Outro fator é que no serviço público, querer, nem sempre é poder e falar também não garante a execução. Poderia nem tocar no assunto, pois vivo uma nova etapa na minha vida, mas o objetivo deste post não é crucificar os Prefeitos que já passaram, nem encher de responsabilidade o atual Governante, e sim alertar para um problema que prejudica a nossa Cidade, não apenas no segmento esportivo, mas principalmente no social, pois o esporte é o meio mais eficaz de sociabilidade do ser humano, pois engloba tudo de bom para a formação e/ou ressocialização de crianças, adolescentes e jovens. E no mundo em que vivemos isso é primordial.