O temor de que a inflação ultrapasse ainda em março o
teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC) para 2013 deve levar o governo
a ceder às pressões das montadoras e congelar, por pelo menos mais três meses,
a alíquota de 2% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para
automóveis.
A princípio, estava previsto que o tributo para carros de
até mil cilindradas subiria para 3,5% a partir desta segunda-feira, 1º de
abril. Mas diante da possibilidade de que os juros básicos tenham que ser
elevados para acomodar a crescente pressão sobre os preços, a equipe econômica
da presidente Dilma Rousseff já avisou que fará de tudo para evitar que o BC
tenha que recorrer a esse expediente. Em outras palavras, significa dizer que o
Ministério da Fazenda tem carta branca para cortar quantos impostos forem
necessários para reduzir os custos da indústria e, por tabela, a inflação ao
consumidor.