A noite dessa segunda-feira,
dia 22, do 29º Festival de Inverno de Garanhuns vai ficar na história do evento
- e pode ter reverberações positivas também em outras festividades ao redor do
Estado. Com programação do palco Mestre Dominguinhos, o principal do FIG, voltado
para o brega, o público compareceu em massa, lotando a praça. Ao todo, cerca de
30 mil pessoas presenciaram os shows de Cafuringa; da banda Kitara; das Amigas
do Brega e de Priscila Senna.
"Vocês não sabem como é
importante para qualquer artista que está no palco receber essa energia de
vocês. Espero que a gente faça desta noite algo muito especial porque é a
primeira vez que o brega pernambucano participa deste evento. Para a gente é
uma grande felicidade estar aqui representando este movimento que saiu da
periferia e conquistou o coração de todo o povo pernambucano. E com certeza
hoje tem muitas pessoas de muitos estados do Brasil que estão conhecendo nossa
cultura porque brega também é cultura pernambucana", afirmou Rodrigo Mell,
um dos vocalistas da banda Kitara, que se apresentou logo após o dançante show
do garanhuense Cafuringa.
ELAS, AS AMIGAS - Quando
as Amigas do Brega subiram iniciaram seu show no palco principal do
FIG 2019, a lotação da Praça Mestre Dominguinhos já era máxima. Os portões de
acesso fecharam às 23h devido à quantidade de pessoas. O fato de a apresentação
ser realizada em uma segunda-feira chuvosa e, ainda assim, arrastar uma
multidão de 30 mil pessoas, só confirma a força da música brega, que até então
não aparecia em eventos patrocinados pelo Estado. O simples anúncio da chegada
de Eliza Mell, Dany Myler, Palas Pinho e Dayanne Henrique foi suficiente para
dar início a uma euforia - que continuou durante todo o setlist das artistas.
APOTEOSE - Assim como
as outras atrações da noite, Priscila Senna mostrou que não só tem uma ótima
voz, como também um bom controle técnico e executou o show como uma estrela pop
- ou melhor, uma estrela brega, pois como a quinta noite do FIG mostrou,
Pernambuco tem sua própria indústria pop com os "bregastars". A
ex-vocalista da banda Musa apresentou um repertório eclético, que foi de
composições de "baile", como Cachorro Combina Com Cadela,
ao romantismo, a exemplo de Casal Raiz, e à "sofrência",
como em Não Vou Mais Te Amar.
“Memorável em diversos
sentidos, principalmente por reconhecer uma manifestação cultural que há pelo
menos duas décadas pulsa em Pernambuco, a Noite do Brega talvez tenha ainda um
outro mérito, que é o de aprofundar uma ideia horizontal de cultura, sem
arcaicas divisões elitistas. Um Festival, afinal, oferece a possibilidade de
entrar em contato com diferentes expressões, ampliar o olhar e agregar públicos
distintos - e que o FIG tenha finalmente abraçado o movimento brega é um ótimo
sinal”, registrou o Jornalista Márcio Bastos, na matéria assinada no JC. (Com
informações e imagens do JC Online; G1/Caruaru; de Hilton Marques e SECOM/PMG. CONFIRA)
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