sábado, 8 de novembro de 2014

QUEREM TIRAR IZAÍAS DO PODER: Disputa pela Prefeitura tende a ser marcada por polarização entre o Prefeito e o candidato do Governo do Estado


Já é tradição. Mal termina uma eleição e começa-se a discutir a próxima. Aqui em Garanhuns não é diferente, e os meios políticos começam a se movimentar visando o pleito de 2016, quando o Prefeito Izaías Régis (PTB) é candidato natural à reeleição, inclusive com grandes chances de emplacar a terceira reeleição seguida de Prefeitos na Cidade das Flores.

Tradicionalmente as eleições em Garanhuns são polarizadas. Com exceção de 1992, quando Bartolomeu Quidute (hoje no PT) surpreendeu e desbancou as primeiras e segundas vias da época, os pleitos seguintes sempre foram disputados por duas forças. Em 2012 o cenário tendia a ser diferente com as candidaturas de Silvino Duarte (PTB), Izaías Régis (PTB) e Zé da Luz (PHS), mas a saída de Duarte há cerca de 20 dias do pleito, garantiu a tradição e polarizou o pleito vencido por Izaías por uma margem considerável de votos.


A vitória maiúscula de Régis aliada a um Governo bem avaliado pela sociedade, que vêm realizando obras de infraestrutura em diversas localidades da Cidade; a revitalização de praças e parques e modernização de Avenidas com as lâmpadas Led; além da busca em gerar postos de trabalho e ter, até a semana passada, o apoio de praticamente todos os Vereadores, deveriam garantir com folga a reeleição do Petebista, mas a precariedade em serviços essenciais como a saúde, bem como a escassez de investimentos em setores tidos como menos prioritários, a exemplo dos esportes e a cultura, aliados a um estilo de Governar marcado pelo autoritarismo e o não cumprimento de compromissos políticos, que geraram, recentemente, um problema na sua relação com alguns Vereadores da sua Base, levam Izaías a não ter uma tranquila reeleição. 

“Eu não estou preocupado com reeleição! O povo me deu quatro anos e estou exercendo a minha função. Esse negócio de se preocupar com reeleição fez com que nessa última Gestão em Garanhuns (de Luiz Carlos de Oliveira) só se fosse administrar folha de pagamento. Eu só irei para reeleição se o povo quiser e eu fizer um bom trabalho, porque senão, irei para a rua pedir ao povo que não vote em mim pois não fiz um bom trabalho. Sou capaz disso!”, chamou a atenção o Prefeito Izaías Régis, durante a solenidade de lançamento do estante de vendas do Garanhuns Garden Shopping.


Já o outro lado da moeda traz oposicionistas e até aliados do Prefeito que querem “arrancá-lo da Prefeitura”. Nomes como Rosa Quidute (PT); Sivaldo Albino (PPS); Gersinho Filho (SDD); Fernando Ferro (PT); Paulo Camelo (PSOL); Claudomira Andrade (PRP) e mais recentemente o deputado Eleito Álvaro Porto (PTB) podem vir a disputar o pleito. Já os empresários Ivan Júnior (PMDB), José Tinoco Filho (Tinoquinho) e Marco Notaro (PSB), como também o advogado Ivo Júnior (filho de Ivo Amaral) também são citados nas ‘bolsas de apostas da política local’. Com exceção de Paulo Camelo, nenhum dos demais externou publicamente o desejo de disputar o mandato de Prefeito de Garanhuns nas próximas eleições.


Cogita-se ainda que o Governador eleito Paulo Câmara e toda a cúpula do PSB tem o desafio moral de vencer as eleições em Garanhuns e que para tanto trariam um ‘nome novo’, que pudesse unir as oposições e vencer o pleito. Nesse contexto e mesmo sem nunca ter tratado do assunto, o nome do professor Pedro Falcão soa com força. É que o Reitor Eleito da Universidade de Pernambuco (UPE) sempre contou com a amizade do ex-governador Eduardo Campos e do núcleo duro do PSB; tem boa articulação na Cidade e o respeito da sociedade local. Todavia, a sua eleição para a Reitoria da UPE sinaliza que os socialistas podem ter outros planos para Pedro, não se descartando, portanto, a hipótese de qualquer um dos nomes citados acima poder assumir o papel de candidato apoiado pelo Governo Estadual.

O concreto é que faltando menos de dois anos para as eleições municipais, a oposição ao Prefeito Izaías Régis segue procurando um candidato que possa fazer frente ao Governante, que ‘por amar Garanhuns’; ‘vaidade’ e ‘prepotência’, trabalha em duas frentes: uma que pode lhe garantir uma fácil reeleição e outra que fortalece a cada dia o discurso daqueles que o querem ver bem longe do Palácio Celso Galvão.