domingo, 3 de julho de 2016

PSB de Paulo Câmara tenta se Desvencilhar das Investigações da Polícia Federal


Quase dois anos após o acidente que matou o ex-­governador Eduardo Campos, o PSB luta para suprir o vácuo de liderança deixado pelo cacique­-mor da legenda. Agora, às vésperas do início da campanha eleitoral, a sigla tenta se desvencilhar das investigações da Polícia Federal, que ligam a legenda a esquemas de corrupção. Nomes de peso do Partido são citados e, ao subir no palanque, mais do que a defesa do mandato, os candidatos terão que fazer a defesa da legenda e de seus líderes.

De 2015 para cá, cinco investigações da PF citaram políticos do PSB, são elas: Fair Play, Vidas Secas, Politeia, Catilinárias e a mais recente: Turbulência. Deflagrada em 21 de junho, o inquérito é o mais emblemático e cercado por mistérios. A investigação destrincha esquema de desvio de R$ 600 milhões da Petrobras e da Transposição para abastecer as campanhas de 2010 e 2014 de Eduardo, além de investigar a compra do avião usado na campanha de 2014, o mesmo do acidente fatal.

Das investigações em curso pela PF, algumas derivam da Lava Jato, outras partiram da PF do Recife. É o caso da Fair Play, que investiga desvio de R$ 48,7 milhões da Arena Pernambuco. Na ocasião, quem estava à frente do Comitê de Gestão da Arena eram o hoje prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e Paulo Câmara. 

Outra investigação que nasceu no Estado e envolve o PSB é a Vidas Secas, que investiga supostos desvios de recursos da Transposição entre 2010 e 2013. O hoje senador Fernando Bezerra Coelho esteve à frente do Ministério da Integração Nacional, por indicação de Eduardo, de 2011 a 2013. 

As operações Politeia e Catilinárias citam o senador e o ex­-presidente da Copergás Aldo Guedes, considerado um dos principais aliados de Eduardo Campos. A reportagem do Jornal do Commercio tentou falar com os presidentes estadual e nacional do PSB para avaliarem o cenário, mas eles não atenderam. (Com informações do Jornal do Commercio – Caderno Política - Edição de 3/7/2016 – por Marcela Balbino Mariana Araújo)