A conta de água dos pernambucanos vai ter um reajuste de 10,69% a
partir do dia 20 de março que vai impactar outra despesa muito comum à classe média,
a dos condomínios. É o maior percentual desde o começo desta década.
O impacto do aumento deve ser sentido integralmente por todos os
consumidores na conta de maio, porque a Companhia Pernambucana de Saneamento
(Compesa) faz a leitura da conta em datas diferentes, como explica o diretor de
Regulação da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Hélio Lopes.
A alta do reajuste está relacionada à inflação. “A despesa que mais
destoou entre todas foi à conta de energia com um efeito financeiro 30% maior
do que o previsto. Isso gerou uma despesa extra de R$ 45 milhões em 2015. São
as consequências de um País que voltou a ter uma inflação significativa”, diz o
presidente da Compesa, Roberto Tavares. O reajuste da Compesa é calculado pela
Arpe, órgão do Governo Estadual.
No ano passado, a conta de água teve dois reajustes. O anual - que
entrou em vigor em março de 2015 - sendo de 8,35% e um reajuste em maio de
3,51% para compensar a alta dos reajustes de energia. “A probabilidade é
baixíssima de ter outro reajuste por causa da energia em 2016”, afirma Hélio,
acrescentando que as condições de geração de energia estão melhores em 2016 do
que estavam no ano anterior.