O professor Antônio Ricardo
Santos de Andrade, conhecido como Prof. Toinho, que leciona na UAG/UFRPE,
enviou relato ao Blog do Carlos Eugênio, denunciando os constantes atrasos no
pagamento dos salários dos Vigilantes que atuam na UAG/UFRPE.
Segundo o Profissional da Área
de Educação, os Vigilantes são “funcionários terceirizados e, por medo de perder o emprego,
de represálias ou até mesmo de receio de a culpa recair sobre o denunciante, não
se pronunciam”. Confira o relato do Professor:
“FALTA DE PAGAMENTO AFETA A VIDA
FAMILIAR DOS VIGILANTES DA UAG/UFRPE
ESTÁ SE TORNANDO CORRIQUEIRO O
ATRASO DO SALÁRIO DOS VIGILANTES da UAG/UFRPE. Os
vigilantes recebem os salários até o 5º dia útil, mas todos os meses há um
atraso, no dia 5 de março completará dois meses sem receber. Além dos salários,
estão em atraso vale-alimentação e do vale-transporte para os vigilantes. A
direção da empresa alega falta de recebimento dos repasses por parte da
UAG/UFRPE. Pode ser...
As mesmas conservas de sempre
(desculpas do empurra-empurra) por parte da direção da UAG e da empresa prestadora do
serviço, quando questionados sobre os constantes atrasos no pagamento dos
salários, ou seja, o jogo de “EMPURRA” entre a UNIVERSIDADE e a EMPRESA
TERCEIRIZADA.
Os vigilantes entraram em contato
com a DIREÇÃO DA UAG, que confirmaram o repasse do valor do contrato. Por sua
vez a empresa foi procurada, afirmando que o repasse não foi efetuado...Então,
quem está faltando com a verdade? A EMPRESA que culpa a Universidade de não
repassa as verbas ou é a DIREÇÃO da UAG que afirma que faz o pagamento e hora
com seus compromissos...Uma coisa é certa!! De acordo com Ministério Público,
além da empresa de terceirização, o contratante (universidade) tem
responsabilidade sobre os pagamentos dos funcionários, e são responsabilizados
de forma secundária.
O pior mesmo é quando nenhuma das
duas partes (empresa e universidade) não está interessada em realizar o
pagamento, resultando em prejuízo para a parte fraca do tripé: o funcionário
terceirizado. Ás vezes a própria empresa contratada quer pagar os
trabalhadores, mas está sem dinheiro porque o ente público não repassa os
valores do contrato. Então o que fazer diante da situação! Lamentam os Vigilantes.
É um desrespeito total da Empresa
e da Universidade com os trabalhadores. Cerca de 34 Vigilantes estão nessa
situação, pois a empresa e a universidade RECEBEM DO PODER PÚBLICO, mas
simplesmente atrasam os pagamento dos salários em dia. Por que a UAG está sem
dinheiro? Até os professores e servidores estão sem fazer ligações – telefones
sem funcionar. Que gasto foi esse para além da capacidade dos cofres? Onde foi
gasto?
Cadê as entidades responsáveis
pela fiscalização da coisa pública?
Continue lendo a posição do professor Antônio Ricardo Santos de Andrade
clicando AQUI.
O Blog do Carlos Eugênio está à disposição da direção da UAG/UFRPE e a empresa citadas pelo professor Antônio Ricardo para dar a sua versão
quanto aos fatos apresentados nesta postagem.
O Sindicato procurou a empresa,
mas não obteve uma justificativa oficial. “Eles nunca podem atender. A
secretária diz que não pode passar a ligação e que a informação é de que o
pagamento talvez seja pago no dia seguinte”, conta uns dos vigilantes, sem se
identificar.
Conversando um deles, que pediu
para não ser identificada por medo a represália, reclama que, com a situação,
NÃO CONSEGUE NEM SAIR DE CASA para ir ao trabalho e tem dificuldades de
sustentar a família, e afirma que “Não tenho condições de ir ao posto de
trabalho, porque NÃO TENHO DINHEIRO NEM PARA PEGAR O ÔNIBUS. É uma situação
muito difícil e está com dificuldades até para COMPRAR A COMIDA DOS MEUS
FILHOS”, lamentou o vigilante.
Cadê a justiça do Trabalho ou MP
que não obriga pagar os salários atrasados dos vigilantes, pois já tem
vigilante sendo DESPEJADO DE SUAS CASAS POR FALTA DE PAGAMENTO DO ALUGUEL. Os
vigilantes pedem socorro urgente.
Com esse sistema de prestação de
serviço adotado pelo serviço público “terceirização”, os DONOS DE EMPRESAS
PINTAM E BORDÃO ENQUANTO ESTÃO COMENDO PICANHA E ARROTANDO CAVIAR OS VIGILANTES
COMENDO OVO E QUANDO TEM OVO. Até parece que o Ministério do trabalho está de
olhos vendados para a situação desses trabalhadores que tem um papel
fundamental na segurança na universidade e diversos estabelecimentos públicos,
que são responsáveis, que se comprometem a zelar e proteger o patrimônio da
qual foi designado, o que se cobra é um maior compromisso da Empresa de
Segurança e dos dirigentes da universidade, pois se a mesma possui problema com
o Governo ou com a Instituição que se resolva pelos meios legais, mas a sua
responsabilidade deve ser cumprida, assegurando os direitos dos seus
funcionários. Não deve deixar os seus funcionários frustrados, com desculpas
esfarrapadas.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR,
ESSES PROFISSIONAIS MERECE PASSA POR ESSE TIPO DE SITUAÇÃO, TRABALHAR
ARRISCANDO A PRÓPRIA VIDA PARA NO FINAL NÃO RECEBER O SEU SALÁRIO?
Esses são os principais
ingredientes – sem esquecer a própria rotina de trabalho dos vigilantes – do
dia a dia dos trabalhadores terceirizados da UAG. Em meio à dificuldade em
receber o que lhes é de direito, esses funcionários, EM ALGUNS CASOS, ACABAM
ABRIGADOS A SE CONTENTAR com a situação, SOB PENA de perderem o próprio
emprego. O QUE FAZER?
Prof. Antonio Ricardo Santos de Andrade,
conhecido como Prof. Toinho”.