quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Professor relata Atraso no Pagamento dos Vigilantes da UAG/UFRPE


O professor Antônio Ricardo Santos de Andrade, conhecido como Prof. Toinho, que leciona na UAG/UFRPE, enviou relato ao Blog do Carlos Eugênio, denunciando os constantes atrasos no pagamento dos salários dos Vigilantes que atuam na UAG/UFRPE.

Segundo o Profissional da Área de Educação, os Vigilantes são “funcionários terceirizados e, por medo de perder o emprego, de represálias ou até mesmo de receio de a culpa recair sobre o denunciante, não se pronunciam”. Confira o relato do Professor:

“FALTA DE PAGAMENTO AFETA A VIDA FAMILIAR DOS VIGILANTES DA UAG/UFRPE

ESTÁ SE TORNANDO CORRIQUEIRO O ATRASO DO SALÁRIO DOS VIGILANTES da UAG/UFRPE. Os vigilantes recebem os salários até o 5º dia útil, mas todos os meses há um atraso, no dia 5 de março completará dois meses sem receber. Além dos salários, estão em atraso vale-alimentação e do vale-transporte para os vigilantes. A direção da empresa alega falta de recebimento dos repasses por parte da UAG/UFRPE. Pode ser...

As mesmas conservas de sempre (desculpas  do empurra-empurra) por parte da  direção da UAG e da empresa prestadora do serviço, quando questionados sobre os constantes atrasos no pagamento dos salários, ou seja, o jogo de “EMPURRA” entre a UNIVERSIDADE e a EMPRESA TERCEIRIZADA.

Os vigilantes entraram em contato com a DIREÇÃO DA UAG, que confirmaram o repasse do valor do contrato. Por sua vez a empresa foi procurada, afirmando que o repasse não foi efetuado...Então, quem está faltando com a verdade? A EMPRESA que culpa a Universidade de não repassa as verbas ou é a DIREÇÃO da UAG que afirma que faz o pagamento e hora com seus compromissos...Uma coisa é certa!! De acordo com Ministério Público, além da empresa de terceirização, o contratante (universidade) tem responsabilidade sobre os pagamentos dos funcionários, e são responsabilizados de forma secundária.

O pior mesmo é quando nenhuma das duas partes (empresa e universidade) não está interessada em realizar o pagamento, resultando em prejuízo para a parte fraca do tripé: o funcionário terceirizado. Ás vezes a própria empresa contratada quer pagar os trabalhadores, mas está sem dinheiro porque o ente público não repassa os valores do contrato. Então o que fazer diante da situação! Lamentam os Vigilantes.

É um desrespeito total da Empresa e da Universidade com os trabalhadores. Cerca de 34 Vigilantes estão nessa situação, pois a empresa e a universidade RECEBEM DO PODER PÚBLICO, mas simplesmente atrasam os pagamento dos salários em dia. Por que a UAG está sem dinheiro? Até os professores e servidores estão sem fazer ligações – telefones sem funcionar. Que gasto foi esse para além da capacidade dos cofres? Onde foi gasto?
Cadê as entidades responsáveis pela fiscalização da coisa pública?

Continue lendo a posição do professor Antônio Ricardo Santos de Andrade clicando AQUI.

O Blog do Carlos Eugênio está à disposição da direção da UAG/UFRPE e a empresa citadas pelo professor Antônio Ricardo para dar a sua versão quanto aos fatos apresentados nesta postagem.  



O Sindicato procurou a empresa, mas não obteve uma justificativa oficial. “Eles nunca podem atender. A secretária diz que não pode passar a ligação e que a informação é de que o pagamento talvez seja pago no dia seguinte”, conta uns dos vigilantes, sem se identificar.

Conversando um deles, que pediu para não ser identificada por medo a represália, reclama que, com a situação, NÃO CONSEGUE NEM SAIR DE CASA para ir ao trabalho e tem dificuldades de sustentar a família, e afirma que “Não tenho condições de ir ao posto de trabalho, porque NÃO TENHO DINHEIRO NEM PARA PEGAR O ÔNIBUS. É uma situação muito difícil e está com dificuldades até para COMPRAR A COMIDA DOS MEUS FILHOS”, lamentou o vigilante.

Cadê a justiça do Trabalho ou MP que não obriga pagar os salários atrasados dos vigilantes, pois já tem vigilante sendo DESPEJADO DE SUAS CASAS POR FALTA DE PAGAMENTO DO ALUGUEL. Os vigilantes pedem socorro urgente.

Com esse sistema de prestação de serviço adotado pelo serviço público “terceirização”, os DONOS DE EMPRESAS PINTAM E BORDÃO ENQUANTO ESTÃO COMENDO PICANHA E ARROTANDO CAVIAR OS VIGILANTES COMENDO OVO E QUANDO TEM OVO. Até parece que o Ministério do trabalho está de olhos vendados para a situação desses trabalhadores que tem um papel fundamental na segurança na universidade e diversos estabelecimentos públicos, que são responsáveis, que se comprometem a zelar e proteger o patrimônio da qual foi designado, o que se cobra é um maior compromisso da Empresa de Segurança e dos dirigentes da universidade, pois se a mesma possui problema com o Governo ou com a Instituição que se resolva pelos meios legais, mas a sua responsabilidade deve ser cumprida, assegurando os direitos dos seus funcionários. Não deve deixar os seus funcionários frustrados, com desculpas esfarrapadas.

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR, ESSES PROFISSIONAIS MERECE PASSA POR ESSE TIPO DE SITUAÇÃO, TRABALHAR ARRISCANDO A PRÓPRIA VIDA PARA NO FINAL NÃO RECEBER O SEU SALÁRIO?

Esses são os principais ingredientes – sem esquecer a própria rotina de trabalho dos vigilantes – do dia a dia dos trabalhadores terceirizados da UAG. Em meio à dificuldade em receber o que lhes é de direito, esses funcionários, EM ALGUNS CASOS, ACABAM ABRIGADOS A SE CONTENTAR com a situação, SOB PENA de perderem o próprio emprego. O QUE FAZER?

Prof. Antonio Ricardo Santos de Andrade, conhecido como Prof. Toinho”.