Um escritório de 350 metros
quadrados na Vila Olímpia expõe uma marca pernambucana no acirrado mercado da
advocacia em São Paulo.
O endereço do bairro nobre da
capital paulista é reflexo do avanço do Urbano Vitalino Advogados nos últimos
anos: com crescimento anual acima de 30% no seu faturamento, a empresa fundada
em Garanhuns adquiriu duas bancas paulistas, transformou os ex-donos em sócios
e já tem como meta avançar ainda mais no Sudeste.
O anúncio da aquisição foi
feito ontem, dia 1º, pouco depois da conclusão da absorção dos escritórios
Koerner Neto e Palma e Alonso. Com o negócio - que ocorre três anos depois da
empresa pernambucana chegar a São Paulo através de uma unidade própria-, o
Urbano Vitalino acomodou 80 clientes e 25 advogados. Os valores da transação,
que mantém 100% do controle com o Urbano Vitalino, foram mantidos em sigilo.
Ao falar sobre o novo formato
da empresa, o diretor-presidente, Urbano Vitalino Neto, destacou que a
qualidade técnica garante a credibilidade, mas a profissionalização
potencializa o negócio. "É nos momentos de crise que precisamos dar os
passos mais ousados. E nós fomos atrás de um novo mercado", declarou.
Ousadia também é uma palavra que pode ser usada quando se fala em metas. Os
números ainda não estão fechados, mas a empresa já considera crescer 45% este
ano e continuar expandindo no Sudeste. "Podemos crescer 10 vezes mais só
em São Paulo", diz Urbano.
A ampliação da Urbano Vitalino confirma a
avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): embora não seja imune aos
efeitos da crise econômica do País, o polo jurídico pernambucano resiste
enquanto mercado, apoiado principalmente na referência que o Estado construiu
no Nordeste ao longo dos anos. "Pernambuco ocupa uma liderança regional,
por diversos fatores, da formação à habilidade para lidar desde a atuação mais
simples a operações mais sofisticadas", comenta Carlos Harten, conselheiro
federal da OAB. A tradição na área também pesa. O Urbano Vitalino, por exemplo,
foi criado em Garanhuns em 1937. Hoje está em nove capitais brasileiras e em
Angola, contando com 200 advogados e 250 profissionais de outras áreas para
gerir 120 mil processos, de cerca de mil clientes. (Com informações do Jornal do Commercio)